Artilheiro desta temporada do futebol europeu, o atacante Jonas rejeitou nesta quarta (23) atuar como centroavante fixo na seleção brasileira.
O discurso do jogador do Benfica é uma tentativa de convencer o técnico Dunga a dar uma oportunidade a ele no no time titular. Para a partida contra o Uruguai, na sexta (25), em Pernambuco, pelas eliminatórias da Copa da Rússia-2018, o treinador pretende escalar um time sem um centroavante fixo na área.
Na terça (22), o time ensaiou com Neymar, Willian e Douglas Costa no ataque. Os três foram titulares na vitória contra o Peru, por 3 a 0, em Salvador, em novembro.
"No futebol moderno, a maioria das equipes não tem utilizado o camisa 9. Isso vai de acordo com o treinador, com o adversário. Mas não sou um 9 puro, gosto de buscar a bola. Hoje a movimentação tem que ser intensa para não facilitar ao adversário. Faço isso no meu clube'', afirmou Jonas, que já marcou 29 gols pelo Benfica nesta temporada.
O atacante foi a última opção de Dunga para os dois jogos deste mês nas eliminatórias. Ele foi convocado no último sábado após Roberto Firmino, do Liverpool, ter se contundido.
Antes, Firmino fora chamado para substituir Kaká, que também foi cortado por lesão.
Apesar de ser o "retardatário" do grupo, Jonas admitiu que aguardava ser chamado por Dunga.
"Expectativa sempre existe quando você está fazendo um bom trabalho. Graças a Deus tem saído tudo bem para o Benfica. Não me frustrou não ser lembrado na primeira lista. Brasil tem muitos jogadores bons. Vim após as lesões, infelizmente, mas assim as coisas acontecem", disse.
Com 31 anos, o atacante não faz planos sobre o seu futuro na seleção.
''Tenho que pensar no momento, e não na Copa do Mundo de 2018. Vamos por etapas. Quero ajudar, ganhar confiança de todos, para aí sim pensar no futuro'', declarou o jogador.
A última partida dele pela seleção foi em 2012. Na ocasião, a seleção goleou a China, por 8 a 0.
OUTRO MUNDO
Liderando a disputa pela Chuteira de Ouro na Europa, Jonas disse que está surpreso com o seu desempenho nesta temporada.
''Confesso que no início da temporada não imaginei estar brigando por ela. Nos últimos anos ficou entre Messi e Cristiano. Sei o quanto é difícil, mas faltam poucos jogos para acabar as competições europeias. Levo desvantagem porque em Portugal são apenas 34 jogos no campeonato contra 38 partidas de outros torneios. Sei que meus adversários são de outro mundo, mas vou brigar até o final'', afirmou
Depois do jogo contra os uruguaios, a seleção enfrentará o Paraguai, na terça (dia 29), em Assunção.