Folha de S. Paulo


Marin se livra de segurança 24 horas na prisão domiciliar em Nova York

A defesa do ex-presidente da CBF José Maria Marin conseguiu acordo que o dispensa da obrigação imposta pela Justiça americana de ser acompanhado por seguranças privados em tempo integral.

Em prisão domiciliar no seu apartamento em Nova York desde novembro, Marin pagava cerca de US$ 90 mil (R$ 330 mil) para manter vigilantes 24 horas por dia, sete dias por semana, dentro de casa.

O acordo com a acusação, o governo americano, chega um mês depois de sua defesa ter conseguido trocar uma carta de fiança de US$ 2 milhões pelo pagamento de US$ 200 mil em espécie. O juiz Raymond Dearie, do Tribunal de Nova York que julga o seu caso, ainda precisa ratificar a decisão.

Agora, Marin precisará acionar o serviço de segurança particular apenas quando sair de casa, em movimentações que devem precedidas de consulta ao tribunal. Ele tem autorização para fazer compras no supermercado, ir à igreja e ao escritório de seus advogados, além de eventuais emergências.

O ex-cartola terá mais liberdade dentro da Trump Tower, o luxuoso edifício nos arredores do Central Park onde mora. Poderá ir à sala de ginástica desacompanhado, desde que avise as autoridades ao sair e ao voltar para casa.

O réu já desembolsou US$ 1 milhão da fiança prevista no acordo de prisão domiciliar e colocou o imóvel, avaliado em US$ 2,5 milhões, como garantia.

Ele paga ainda cerca de US$ 60 mil por ano pela tornozeleira eletrônica, além de manter câmeras de vigilância em seu apartamento.

O ex-presidente da CBF foi extraditado para os Estados Unidos em 3 de novembro, após cinco meses preso na Suíça. Ele é acusado pelo governo americano de participar de um esquema mundial de propinas e subornos no âmbito de comercialização de jogos e direitos de marketing de competições. Marin se declara inocente.

Cronologia José Maria Marin


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