Folha de S. Paulo


Pilotos e equipes da F-1 criticam nova classificação, que pode ser modificada

O novo formato dos treinos de classificação da Fórmula 1 não passou no primeiro teste, pelo menos na visão dos pilotos e equipes da categoria.

A partir deste ano, nas três etapas, os competidores com o pior tempo de cada segmento começam a ser eliminados, um a um, a cada 90 segundos, a partir de um determinado momento. No fim da terceira etapa sobram dois carros, que decidem numa espécie de "um contra um" a pole position.

Durante a primeira classificação do ano, em Melbourne, na Austrália, neste sábado (19), os pilotos da Ferrari, Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, desistiram de disputar a pole a quatro minutos do fim para poupar os pneus, deixando o caminho livre para os carros da Mercedes formarem a primeira fila.

A falta de emoção irritou alguns dos nomes mais influentes da categoria. "A Fórmula 1 deve se desculpar com os fãs", disse Christian Horner, diretor-geral da Red Bull. "O novo formato é uma porcaria", afirmou o chefe da Mercedes, Toto Wolff.

Os dois fazem parte do Grupo de Estratégia, que aprovou por unanimidade as mudanças, posteriormente ratificadas pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo).

O tetracampeão Vettel seguiu a mesma linha: "Não sei porque está todo mundo surpreso. Todos disseram que isso iria acontecer, e aconteceu". Para Fernando Alonso, o modelo "favorece as equipes mais fortes e é um pouco injusto para as equipes menos competitivas".

No domingo, os dirigentes das equipes vão se reunir para discutir o novo formato. O presidente da FOM (Formula One Management, empresa que controla a F-1), Bernie Ecclestone, também criticou a estreia e admitiu que ele pode ser modificado já para o GP do Bahrein, a segunda corrida da temporada, no dia 3 de abril.


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