Folha de S. Paulo


Fifa diz que Del Nero, Marin e Teixeira serão cobrados se forem condenados

Dois dias após cobrar US$ 5,3 milhões (R$ 20,08 milhões) de Marco Polo Del Nero, licenciado da presidência da CBF, de Ricardo Teixeira e José Maria Marin, ex-presidentes da entidade, a Fifa voltou atrás e afirmou que a cobrança só será feita caso os dirigentes sejam condenados.

Atualmente, os três cartolas estão sendo investigados pelas autoridades norte-americanas.

A Fifa voltou atrás após o presidente em exercício da CBF, Antonio Carlos Nunes, enviar uma carta alegando que Del Nero não foi condenado. Assim, a cobrança não poderia ser feita.

"A respeito dos indivíduos que foram indiciados, mas não [ainda] condenados, a Fifa não busca restituição neste momento. Se esses indivíduos forem condenados por um júri ou se declararem culpados, a Fifa buscará restituição deles também", diz a Fifa em carta enviada à CBF.

A cobrança da Fifa aos três brasileiros foi feita em recurso apresentado ao Departamento de Justiça em Nova York, que investiga o caso de corrupção na Fifa.

A entidade cobra de Marin, que cumpre prisão domiciliar nos EUA, US$ 114,507 (R$ 433 mil), enquanto o valor cobrado de Marco Polo Del Nero, que está licenciado da CBF, é de US$ 1.673,171 (R$ 6.33 milhões). Já o valor exigido de Ricardo Teixeira, que deixou a presidência da CBF em 2012, é de US$ 3.514,025 (R$ 13,31 milhões).

Além dos três brasileiros, a Fifa cita na ação outros 17 dirigentes que teriam que reembolsar a entidade. A federação internacional cobra ao todo US$ 28,2 milhões (R$ 106, 82 milhões).

Segundo a Fifa, os brasileiros e outros dirigentes sul-americanos, como os ex-presidentes da Conmebol, Juan Ángel Napout e Eugenio Figueredo, "prejudicaram a Fifa de várias maneiras". A defesa da entidade alega que eles receberam propina para negociar contratos de publicidade e concessão de direitos de comercialização de torneios de futebol.


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