Folha de S. Paulo


Justiça suíça faz buscas na Federação Francesa por pagamento de Blatter

Eric Gaillard/Reuters
Fachada da Federação Francesa de Futebol, onde aconteceram as buscas de documentos
Fachada da Federação Francesa de Futebol, onde aconteceram as buscas de documentos

A Procuradoria-Geral da Suíça informou nesta quarta-feira (9) que foram realizadas buscas no escritório da Federação Francesa de Futebol (FFF), em Paris, por documentos relacionados com o pagamento suspeito de 1,8 milhão de euros que o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter fez a Michel Platini em 2011, referente a serviços prestados entre janeiro de 1999 e junho de 2002.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral da Suíça afirmou que fez uma requisição em janeiro à Procuradoria Fiscal da França para que a busca pelos documentos fosse realizada no escritório da federação francesa. A ação foi colocada em prática nesta quarta pelas autoridades francesas com a assistência do órgão suíço. A busca teve o consentimento da FFF.

Blatter disse ter ficado surpreso com as buscas. "Estou muito surpreso pela única razão que os 1,8 milhão de euros [cerca de R$ 7,3 mi] que a Fifa pagou a Michel Platini em um contrato verbal que existe entre Michel Platini e eu não foram depositados na FFF nem na Uefa, e sim em uma conta particular de Michel Platini, em um banco suíço", disse o suíço.

A investigação ganhou corpo em setembro de 2015, quando a Procuradoria-Geral da Suíça abriu uma ação criminal contra Blatter para apurar o caso.

Menos de um mês depois, o ex-presidente da Fifa e Platini foram suspensos preventivamente pelo Comitê de Ética da Fifa por 90 dias.

Em dezembro, o Comitê de Ética da Fifa suspendeu Blatter e Platini por oito anos de qualquer atividade relacionada ao futebol.

Com a suspensão, o francês teve que desistir da candidatura à presidência da entidade.

Às vésperas da eleição – vencida pelo suíço suíço Gianni Infantino —, Blatter e Platini tiveram a suspensão reduzida para seis anos.

Na semana passada, Platini recorreu ao (Tribunal Arbitral do Esporte) para derrubar o veto imposto pelo Comitê de Apelação da Fifa.


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