Folha de S. Paulo


Sob pressão, Palmeiras tenta aliviar críticas contra o Rosario Central

Cesar Greco/Ag.Palmeiras/Divulgação
SÃO PAULO, SP - 02.03.2016: TREINO DO PALMEIRAS - O técnico Marcelo Oliveira e os auxiliares técnico Tico e Alberto VAlentim (E/D), da SE Palmeiras, durante treinamento, na Academia de Futebol, no bairro da Barra Funda. (Foto: Cesar Greco / Fotoarena)
O técnico Marcelo Oliveira (à esq.) e a comissão técnica durante treino do Palmeiras

Para diminuir a pressão recebida pelo desempenho decepcionante neste iníco de ano, o técnico Marcelo Oliveira precisará fazer o Palmeiras superar nesta quinta-feira (3), diante do Rosario Central, da Argentina, no Allianz, pela Libertadores, as falhas técnicas com as quais sofre desde o meio do ano passado.

Mesmo mantendo a base de 2015, que conquistou a Copa do Brasil, o time ainda não venceu como mandante nos quatro jogos que fez nesta temporada, todos pelo Paulista –empates diante de Santos e São Bento e derrotas para Linense e Ferroviária.

No Estadual, é o pior dos quatro grandes, com apenas nove pontos em sete rodadas.

Na Libertadores, no único jogo até agora, obteve apenas um empate, no Uruguai, contra o River Plate, teoricamente o mais fraco adversário da chave, que ainda tem o Nacional, outro time uruguaio.

Para esta quinta a situação parece favorável. Com o tabu de nunca ter perdido para argentinos em seu estádio pela Libertadores –foram três vitórias e dois empates–, o Palmeiras recebe uma equipe mista do Rosario, às 21h45.

O técnico Eduardo Coudet tem priorizado o torneio nacional, no qual o Rosario lidera seu grupo de forma invicta, em cinco partidas.

FALHAS

Os problemas que ele tem de corrigir são vários e conhecidos. Mesmo com o esquema tático modificado, desde o empate por 2 a 2, contra o River Plate (URU), em 16 de fevereiro, a equipe ainda tem dificuldades nas trocas de passes e no controle do jogo.

Contra a Ferroviária, no domingo (28) o time teve menos posse de bola contra um adversário de investimento e elenco bem mais modestos.

A distância entre as linhas continua, assim como a ligação direta (chutões), uma das principais críticas a Oliveira. São raríssimas as triangulações eficientes nos jogos.

Com as seguidas lesões de Cleiton Xavier, o time tem dificuldades em cadenciar o jogo. Pelo meio, Dudu aumentou sua média de gols, mas aposta demais em sua velocidade, em vez de assistências.

O novo esquema tático, com dois meias, ainda está em período de assimilação pelos atletas, e o rendimento oscila: contra o XV de Piracicaba, Robinho deu três assistências e o time teve boa atuação; contra a Ferroviária, os meias pouco apareceram.

Com esses problemas, os centroavantes ficam isolados, têm poucas oportunidades e recebem pressão dos torcedores. Alecsandro começou bem a temporada, mas pouco fez contra a Ferroviária e foi bastante vaiado. Já Barrios, vítima de lesões, não consegue ter uma sequência.

VOCAÇÃO OFENSIVA

Depois de dez anos, o Rosario Central volta à Libertadores após boa temporada –terminou o Argentino de 2015 em terceiro. O destaque do time é o atacante Marco Ruben, artilheiro do último nacional com 21 gols, em 30 jogos.

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PALMEIRAS
Prass; Lucas, Roger Carvalho, Vitor Hugo e Zé Roberto; Thiago Santos, Jean, Robinho e Dudu; G. Jesus e Alecsandro. Técnico: Marcelo Oliveira

ROSARIO CENTRAL
Sosa; Salazar, Burgos, Pinola e Álvarez; Da Campo, Musto, Colman e Jonas; Cervi; M. Ruben. Técnico: Eduardo Coudet

Estádio: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Árbitro: Enrique Cáceres (PAR)
TV: 21h45, Fox Sports


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