Folha de S. Paulo


Manifestantes protestam contra xeque em eleição da Fifa

Enquanto os candidatos almoçavam com os eleitores dentro do centro de convenções, manifestantes realizaram nesta sexta um protesto contra a candidatura do xeque Salman bin al-Khalifa, do Bahrein.

Eles acusam o dirigente de ter perseguido atletas que participaram de protestos contra o governo do Bahrein em 2011. Presidente da Federação Asiática de Futebol, o xeque é primo do rei.

"A Fifa não pode eleger um presidente que persegue atletas. Em 2011, ele identificou vários jogadores, que participaram dos protestos. Em seguida, eles foram presos e sofreram com a repressão", disse Maryam al-Khawaja, que trabalha numa entidade de defesas dos direitos humanos na Suíça.

Candidatos à presidência da Fifa

Nascidos no Bahrein, os integrantes do protesto gritavam na porta principal do centro de convenções em Zurique palavras contra o xeque. Eles exibiam também cartazes com fotos de manifestantes supostamente torturados pelas autoridades locais em 2011.

"A Fifa já está com a imagem suja pela corrupção. Eles não podem agora eleger um presidente que não consegue conviver com a democracia", afirmou Maryam.

Nesta sexta, cinco candidatos vão disputar a eleição mais concorrida da história da Fifa: o suíço Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa, Salman bin Ebrahim Al Khalifa, presidente da Confederação de Futebol da Ásia, Jérome Champagne, ex-secretário-geral adjunto da Fifa, Ali bin Al-Hussein, príncipe da Jordânia, e o sul-africano Tokyo Sexwale.

Ao lado do suíço Gianni Infantino, o xeque é apontado como favorito. Ele tem o apoio da maioria dos países da Ásia e da África.

Distribuição de votos por continente


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