Folha de S. Paulo


Treino classificatório mais dinâmico na F-1 pode entrar em vigor este ano

A temporada de F-1 pode ter grandes mudanças ainda este ano. Um novo sistema de treino classificatório, com eliminações graduais, pode entrar em vigor já no GP da Austrália, que abre a temporada em 20 de março.

A mudança foi aprovada pelos membros do Grupo de Estratégia da F-1. Para 2017, foram aceitas medidas para tornar os carros mais velozes, mais barulhentos, mais difíceis de pilotar e mais agressivos. As decisões ainda aguardam a ratificação formal da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).

O treino continua em três partes: a primeira, o Q1, terá 16 minutos de duração. Aos sete, o piloto mais lento é eliminado. Depois, a cada 90 segundos, o carro mais lento deixa a disputa. Dessa forma, 15 avançam para a segunda etapa e os sete eliminados formam as últimas filas do grid de largada.

O Q2 terá 15 minutos de duração, e o piloto mais lento será eliminado aos seis minutos. A partir daí, a cada 90 segundos, mais um competidor fica de fora. Apenas oito carros avançam para o Q3, que terá 14 minutos de duração.

A primeira eliminação no Q3 será aos cinco minutos. Depois, a cada um 90 segundos, o carro mais lento da fila deixa a disputa. Nos 90 segundos finais, dois competidores definem a pole position.

No formato atual, as eliminações só ocorrem na parte final de cada etapa e a pole position é disputada por dez pilotos no Q3.

Bernie Ecclestone, o chefe-executivo da FOM, empresa que controla a F-1, disse que o esporte vislumbra um futuro mais brilhante agora que as equipes concordaram com um novo formato de classificação a partir da próxima temporada, embora tenha defendido uma abordagem ainda mais radical para animar as corridas.

"Acho que agora eu acreditaria mais que veremos boas corridas", disse ele em entrevista à Agência. "Aí vou ficar feliz".

Ecclestone disse que as escuderias finalmente acordaram e deram um passo na direção certa, e que novas mudanças virão.

"O que as pessoas precisavam era de uma chacoalhada. Parece que sou a única pessoa que achava que devíamos fazer alguma coisa na F-1 para acordar todo mundo um pouco. E talvez tenha sido isso o que aconteceu", disse.


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