Folha de S. Paulo


Presidente do COI diz que nenhum país vai boicotar os Jogos do Rio-2016

Al Tielemans/AFP
Handout released by the Youth Information Service (YIS)/IOC shows the President of the International Olympic Committee Thomas Bach giving a speech at the Lysgardsbakkene Ski Jumping Arena during the Opening Ceremony of the 2016 Lillehammer Winter Youth Olympic Games on February 12, 2016. / AFP / Youth Information Service (YIS)/IOC / Al TIELEMANS / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT
O presidente do COI, Thomas Bach, em discurso na abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude, em Lillehammer

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que nenhum país pretende boicotar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro por causa do surto do vírus da zika no Brasil.

"Não há a intenção de nenhum comitê olímpico nacional de sair dos Jogos Olímpicos do Rio", afirmou, durante a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. "Mas isso não exclui o fato de que estamos tendo que lidar com uma situação muito séria".

O vírus da zika já atingiu pelo menos 25 países e territórios das Américas, além de Ásia e África. O Brasil é a região mais afetada –a estimativa é que o país tenha registrado entre 500 mil e 1,5 milhão de infectados no ano passado.

"Temos total confiança em todas as ações tomadas pelas autoridades brasileiras e internacionais e as organizações de saúde", continuou Bach. "Também estamos confiantes de que os atletas e espectadores desfrutarão de condições seguras no Rio de Janeiro".

Na última quinta-feira (11), o médico chefe do COI (Comitê Olímpico Internacional), Richard Budgett, já havia dito que não existe qualquer discussão sobre cancelamento dos Jogos Olímpicos por causa do vírus da zika.

Ainda assim, contudo, comitês olímpicos nacionais cobraram explicação dos organizadores da Rio-2016. Além disso, autoridades do Quênia admitiram preocupação com seus atletas e britânicos cogitaram aclimatação fora do Brasil.

"A Organização Mundial da Saúde não proibiu viagens (ao Brasil)", justificou Bach. "Todos os especialistas concordam que a temperatura do Brasil no inverno, quando acontecerão os Jogos, levará a uma situação muito diferente".

O principal problema em torno do vírus da zika é a associação a outras doenças. É o caso da microcefalia, que teve 4.783 suspeitas e 404 casos confirmados no Brasil em 2016 (até 30 de janeiro). Desse total, 17 têm vínculo confirmado à infecção.


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