O Palmeiras pode ter que jogar as partidas como mandante na Libertadores fora do seu estádio, o Allianz Parque.
A estreia do time em casa acontece no dia 2 de março, contra o Rosário Central.
A Conmebol avisou os clubes que os estádios da Libertadores não podem exibir marcas de seus patrocinadores para não atrapalhar a publicidade das empresas ligadas à entidade.
Essa determinação aparece no manual de direitos de patrocínio entregue por ela na última semana aos times participantes.
No dia 2 de fevereiro, uma comitiva da Conmebol fez uma visita técnica ao Allianz.
Durante a caminhada pelo estádio, os executivos da entidade alertaram que as placas da seguradora teriam que ser cobertas, por causa da transmissão pela TV.
É o mesmo problema do primeiro jogo do Brasileiro de 2015, quando houve conflito após emblema e letreiro da Allianz terem sido cobertos por orientação da Globo, dona dos direitos do Nacional.
O gerente-geral da arena, Alexandre Costa, comunicou ao Palmeiras, em uma troca de e-mails ao qual a Folha teve acesso, que não fará nenhuma retirada nem cobrirá nenhuma marca dos patrocinadores do estádio.
Ele argumenta que o pedido da Conmebol entra em choque com a escritura assinada por Palmeiras e Real Arenas, empresa da WTorre, que administra o estádio.
"Os clubes têm a obrigação de entregar o estádio livre de todo tipo de publicidade, inclusive institucional e/ou nomes e símbolos dos clube. Com a responsabilidade intransferível de retirar ou cobrir as exposições comerciais das marcas que estão ali", consta no manual.
Procurada pela reportagem, a WTorre afirma que não foi notificada. O Palmeiras diz que avisou a construtora, que vai tentar negociar com a Conmebol, mas não descarta a chance de ficar sem a arena na Libertadores.
Rafael Reis/Folhapress | ||
Nome Allianz é tampado no estádio do Palmeiras no primeiro jogo do Brasileiro-2015 |