Folha de S. Paulo


Marin era carregado por outros detentos em prisão na Suíça

Uma cela com espaço que ia pouco além do reservado para a cama. No fundo dela, um buraco que cumpria a função de banheiro. Na porta, de ferro, uma pequena passagem onde entregavam a ele a alimentação diária.

A estadia de José Maria Marin nos cinco meses na prisão suíça, nos arredores de Zurique, faz com que familiares temam por sua saúde caso tenha de ir à prisão comum nos EUA. Isso pode ocorrer se não cumprir acordo de fiança feito para ficar "em casa".

"A cela dele na Suíça ficava no quarto subsolo. No início ele subia tranquilamente para o banho de sol, mas depois não conseguia. Dois detentos holandeses ficaram com pena e o carregavam", disse à Folha seu advogado e amigo Mauro de Morais.

Nos EUA, onde vive em prisão domiciliar no apartamento que possui na Trump Tower, em Nova York, a vista da janela dá para o Central Park, um dos parques mais conhecidos do mundo e grande ponto turístico.

Logo na porta de entrada, uma grande câmera filma e fotografa todas as pessoas que entram e saem do apartamento.

Ao lado, ainda dentro do apartamento, policiais se revezam 24 horas como vigias de Marin.

Quando se reúne com alguém, sentado na sala de estar, o policial de plantão acompanha a conversa. Marin custeia todo o aparato de segurança colocado em sua casa, como as câmeras, os seguranças e até a tornozeleira eletrônica que usa 24 horas.

O ex-presidente da CBF só pode sair de casa com a permissão da Justiça, para ir a lugares combinados no acordo de prisão domiciliar, como igreja, consultas médicas e mercados para a compra de produtos de higiene e uso pessoal.

Cronologia José Maria Marin


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