Folha de S. Paulo


Única a quebrar boicote, Clarissa diz não abrir mão da seleção de basquete

Mike Segar/Reuters
ORG XMIT: OLYIM11 Brazil's Clarissa Santos (R) reacts to making the final basket at the end of the third quarter against Canada during their women's preliminary round Group B basketball match at the Basketball Arena during the London 2012 Olympic Games August 3, 2012. REUTERS/Mike Segar (BRITAIN - Tags: OLYMPICS SPORT BASKETBALL)
Clarissa durante partida pelo Brasil em Londres-2012

A pivô Clarissa foi a única jogadora dos times em litígio com a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) a quebrar o boicote contra a entidade.

Atleta do Corinthians, ela se apresentou ao técnico Antônio Carlos Barbosa nesta quarta-feira (6), em São Paulo, e afirmou que sua prioridade é a equipe nacional.

"Estou aqui porque quero representar o Brasil. Existem essas questões [litígio entre clubes e CBB] que foram colocadas, mas não tenho nem o que falar. Eu me propus a vir para cá, e o importante é isso", disse a atleta, após treinamento no Esporte Clube Sírio, na capital paulista.

Cinco de seis clubes que disputam a Liga de Basquete Feminino estão rachados com a CBB desde o final do ano passado. Eles querem que a entidade dê mais atenção ao basquete feminino.

"A questão é defender o basquete feminino. Não abro mão disso", complementou Clarissa.

Ela disse não temer represálias de seu time: "Estou aqui para jogar."

A atitude dela foi endossada por outra pivô da equipe nacional, Érika. "Clarissa tem todo meu apoio e meu respeito. Ela fez o que o coração mandou."

Das 12 jogadoras convocadas por Barbosa para o evento-teste da modalidade para os Jogos Olímpicos do Rio-2016, entre 15 e 17 de janeiro, sete pediram dispensa por causa do boicote.

Nesta terça (5), a CBB chamou mais cinco atletas. Na apresentação do grupo, nesta quarta, 11 ficaram à disposição de Barbosa.


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