Folha de S. Paulo


Candidato à presidência da Fifa pede publicação de informe sobre corrupção

O príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein, candidato à presidência da Fifa nas eleições previstas para fevereiro, pediu neste domingo (27) a publicação imediata do relatório de Michael Garcia, procurador americano que investigou a concessão dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar, respectivamente.

O príncipe Ali se expressou por ocasião de uma conferência esportiva internacional em Dubai, na qual também estava presente o secretário-geral da Uefa, Gianni Infantino, também candidato à presidência da Fifa.

O príncipe jordaniano, que se pronunciou em diversas ocasiões sobre o escândalo de corrupção que atinge a Fifa, pediu uma "boa governança" e "normas básicas, como a publicação do 'informe Garcia' imediatamente porque, inclusive, os que estão em disputa para o posto de presidente da Fifa (...) precisam saber o que aconteceu nesta organização, assim como o público".

A Fifa declarou desde o início que não pode publicar o documento integralmente por razões legais.

No dia 13 de novembro de 2014, Hans Joachim Eckert, presidente da Câmara de Instrução da Comissão de Ética da Fifa (a mesma que suspendeu por 8 anos Joseph Blatter e Michel Platini), afirmou que o documento revelava "comportamentos duvidosos", mas nenhuma prova de corrupção na atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022.

Irritado com esta leitura "errônea e incompleta", Michael Garcia renunciou em 17 de dezembro deste ano de seu posto de presidente da Câmara de Investigação da Comissão de Ética.

Platini também havia pedido a publicação do relatório antes da reeleição de Blatter como presidente da Fifa para um novo mandato em 29 de maio.

O príncipe Ali acrescentou que havia "muitas propostas de reforma emanadas da Fifa, mas o principal problema não eram as propostas, mas a maneira de realizá-las".

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