Folha de S. Paulo


UFC marca retorno de Anderson Silva para fevereiro de 2016

O UFC anunciou nesta quinta-feira (24) que o brasileiro Anderson Silva, 40, vai voltar a lutar no dia 27 de fevereiro de 2016, em Londres, na Inglaterra.

O ex-campeão dos pesos médios, que está cumprindo suspensão por doping antes de sua última luta, contra o americano Nick Diaz, no UFC 183, em 31 de janeiro deste ano, vai enfrentar o inglês Michael Bisping, 36, na luta principal do UFC Londres.

Bisping vem de duas vitórias consecutivas (contra CB Dollaway e Thales Leites).

Silva perdeu o cinturão em julho de 2013 para o americano Chris Weidman, 31. Em dezembro do mesmo ano, ele foi derrotado mais uma vez pelo rival.

"Mal posso esperar por isso!", escreveu o inglês em seu Twitter imediatamente após o anúncio feito pelo UFC.

O DOPING

Silva foi pego no doping em três exames antes e depois da luta contra Diaz, em Las Vegas. Nas amostras colhidas foram verificadas presenças de esteroides anabolizantes e ansiolíticos.

Em um segundo teste antidoping fora de competição de "Spider", feito no dia 19 de janeiro, deu negativo para uso de substâncias proibidas.

Entretanto, testes realizados no dia do duelo com Diaz confirmaram a utilização de drostanolona e de medicamentos utilizados no combate à ansiedade e insônia (oxazepam e temazepan).

Pouco menos de um mês depois, o lutador foi suspenso temporariamente da competição. Diaz, o adversário, foi suspenso por uso de maconha.

Na ocasião, ele retornava ao octógono do UFC após mais de um ano inativo, quando se recuperava da fratura sofrida na perna durante a revanche com Weidman.

Em agosto, a CNA (Comissão Atlética do Estado de Nevada) confirmou a suspensão do brasileiro.

Durante o interrogatório pela comissão, Silva foi obrigado a explicar qual suplemento ele estava tomando. No início disse que se tratava de um assunto pessoal e que não comentaria o caso.

Depois de um recesso pedido pela defesa, ele retornou ao depoimento e abriu o jogo: era um estimulante sexual trazido da Tailândia por um amigo identificado como Marcos Fernandes.

Segundo ele, foi essa a substância que apareceu como doping nos exames. "Não ia colocar que estava tomando 'Cialis'", respondeu ao ser questionado sobre porque não colocou a informação no questionário antes da luta.

O lutador admitiu que tomou o remédio tailandês na semana da luta com Diaz: "Na noite que eu fui para Vegas eu tomei o remédio, na semana da luta".

No caso do ansiolítico, o brasileiro disse que na noite da pesagem sentiu dores nas costas e não conseguia dormir, por isso tomou um comprimido da droga.

"Era a minha volta depois que quebrei a perna, passei a noite em claro, com dor e excitado pela minha volta", disse. "Não falei para ninguém".

Na argumentação, o advogado chegou a pedir clemência e lembrou do histórico exemplar do brasileiro.


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