Folha de S. Paulo


CBF derruba liminar e poderá fazer eleição para vice nesta quarta

Reprodução/Facebook/Federação Paraense de Futebol
Crédito Reprodução Facebook Federação Paraense de FutebolLegenda: O presidente da Federação Paraense de Futebol, Antonio Carlos Nunes, 79
Antonio Carlos Nunes, presidente da Federação Paraense de Futebol

A desembargadora Claudia Pires, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, concedeu na noite desta terça (15) decisão em favor da CBF que permite a realização da eleição para novo vice da entidade.

O eleito na assembleia marcada para esta quarta (16) substituirá José Maria Marin, que está em prisão domiciliar nos EUA e na semana passada mandou uma carta renunciando à vice-presidência da CBF.

Candidato único, o presidente da Federação Paraense de Futebol, Antonio Carlos Nunes, 79, conhecido como coronel Nunes, deve ser conduzido ao cargo.

Na última sexta (11), o juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, havia suspendido a realização do pleito após um pedido do presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, 74.

Divulgação/Federação Catarinense de Futebol
O vice-presidente da CBF, Delfim Peixoto. http://www.fcf.com.br/federacao-catarinense-de-futebol-celebra-90-anos-de-fundacao/
O vice-presidente da CBF Delfim Peixoto

Vice-presidente da CBF pela região sul, Peixoto é opositor de Marco Polo Del Nero e atualmente o primeiro na linha de sucessão da entidade. Pelo estatuto da CBF, o vice mais velho assume o comando em caso de renúncia.

A eleição faz parte da estratégia de Del Nero para evitar a posse do catarinense, caso o mandatário licenciado renuncie.

Um dia depois de se licenciar da CBF, Del Nero lançou a candidatura de coronel Nunes, que deve se tornar o vice mais velho nesta quarta.

No dia 3 de dezembro, Del Nero foi acusado pelo FBI de fazer parte de um esquema de recebimento de propina na venda de direitos de competições no Brasil e no exterior. O Comitê de Ética da Fifa também investiga Del Nero.

O processo aberto por Peixoto agora segue normalmente, ainda no Tribunal de Justiça do Rio.

"Estamos seguros de que a convocação para a eleição é nula e, mesmo que ocorra amanhã a eleição, teremos condições de anular a decisão no futuro", disse Eduardo Carlezzo, advogado que representa Peixoto na ação aberta no Rio ao lado do também advogado Sérgio Mazzillo.

Há possibilidade, também, de que antes de que a assembleia convocada pela CBF ocorra, às 14h desta quarta, de que novas ações apareçam, de outros grupos que são contra a eleição, com a chance de que liminares a suspendendo sejam dadas.


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