Folha de S. Paulo


Antes de audiência na Fifa, Blatter diz confiar na absolvição

Suspenso por 90 dias desde o início de outubro, Joseph Blatter voltou a declarar sua inocência no escândalo de corrupção que abala a entidade responsável pelo futebol mundial e diz confiar na sua absolvição.

"Lutarei pelos meus direitos e apresentarei minha visão das coisas ao... comitê com grande convicção e uma crença firme na justiça", disse Blatter ao jornal "Blick" antes da audiência na Fifa, programada para esta quinta-feira (17). "Estou suspenso, mas não isolado, e de forma alguma mudo".

Os investigadores de ética da Fifa pediram sanções contra Blatter e Michel Platini, presidente da Uefa, e ambos foram afastados de seus cargos por 90 dias contados a partir de 8 de outubro à espera da conclusão do inquérito. A audiência do francês será na sexta-feira (18).

O comitê de ética da Fifa deve se pronunciar sobre o caso na próxima semana.

Promotores dos Estados Unidos indiciaram 42 pessoas e entidades na investigação sobre a corrupção no futebol, incluindo os ex-presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin e Ricardo Teixeira e o atual presidente licenciado da entidade, Marco Polo Del Nero.

HISTÓRICO

Em setembro, a Procuradoria-Geral da Suíça abriu uma ação criminal contra o presidente da Fifa, Joseph Blatter. A decisão foi tomada por suspeitas de irregularidades cometidas pelo dirigente na assinatura de um contrato em 2005 com a Federação Caribenha de Futebol, na época comandada por Jack Warner, ex-presidente da Concacaf.

O comunicado do Ministério Público diz ainda que Blatter é suspeito de ter feito um pagamento irregular no valor de 2 milhões de francos suíços (R$ 8,3 milhões) ao presidente da Uefa, o francês Michel Platini, com recursos da Fifa, em 2011, referente a serviços prestados entre janeiro de 1999 e junho de 2002.

Já o presidente da Uefa disse que o atraso de nove anos para receber um pagamento de 2 milhões de francos suíços (R$ 8,3 milhões), cifra que está no centro de uma investigação da procuradoria suíça, aconteceu devido à incapacidade da Fifa de pagá-lo em dia.


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