Folha de S. Paulo


Meia Fred é suspenso por um ano pela Conmebol por doping na Copa América

Zanone Fraissat/Folhapress
SAO PAULO/SP BRASIL. 07/06/2015 - Fred durante o Jogo amistoso entre, Brasil X Mexico no estadio Allianz Parque.(foto: Zanone Fraissat/FOLHAPRESS, ESPORTE)***EXCLUSIVO** *
Fred durante amistoso pela seleção contra o México, no Allianz Parque, em junho

A Conmebol suspendeu por um ano o meia Fred, do Shakhtar Donetsk (UCR), por ter sido flagrado positivo em exame antidoping realizado durante a Copa América do Chile, em junho.

Após a partida em que o Brasil foi eliminado pelo Paraguai, no dia 27 daquele mês, foi encontrada a substância hidroclorotiazida, um diurético usado, normalmente, para mascarar o uso de produtos mais fortes, como anabolizantes ou drogas sociais.

O jogador nega o uso de qualquer substância e diz não saber como ela entrou em seu corpo.

No início de novembro, a defesa usou o argumento de que nenhuma outra substância, como estimulantes, foi encontrada no corpo do atleta, na tentativa de absolvê-lo.

O Início da contagem da suspensão é 27 de junho e, no momento, vale apenas para competições organizadas pela Conmebol. A Fifa, porém, deve estender nos próximos dias a suspensão para qualquer torneio oficial.

"Cabe recurso ainda dentro da Conmebol, na Câmara de Apelações. Mas vamos analisar ainda os termos da suspensão para decidir o que fazer", disse o advogado do jogador, Bichara Abidão Neto.

Fred continuou atuando normalmente pela equipe ucraniana e pela seleção brasileira olímpica após ter sido flagrado. Na ocasião, a Conmebol optou por não suspendê-lo preventivamente.

SEGUNDO CASO

O doping de Fred é o segundo na história da seleção brasileira. O primeiro foi o do goleiro Zetti, que defendia o Brasil nas eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.

No dia 2 de agosto de 1993, a Fifa anunciou a suspensão provisória de Zetti por ter encontrado substâncias que indicavam o uso de cocaína em sua urina, em teste após a partida contra a Bolívia, em La Paz, em 25 de julho.

Quatro dias depois, a Fifa reconheceu que havia apenas traços de cocaína na urina dos dois jogadores, o que satisfazia a tese da defesa de que a substância estava no organismo do atleta porque ele havia consumido um chá de coca antes da partida. A suspensão foi retirada.


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