Folha de S. Paulo


Com duas vitórias seguidas em Interlagos, Rosberg repete Montoya

"Não sei explicar o que mudou, mas o fato é que as coisas passaram a dar certo para mim. Se eu soubesse o motivo não teria sofrido na temporada inteira", afirmou, sem rodeios, Nico Rosberg logo depois de "[vencer o GP Brasil de F-1, em Interlagos]:http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/11/1706800-rosberg-vence-em-interlagos-e-assegura-o-vice-massa-fica-em-oitavo.shtml.

Com a quinta vitória neste ano, a segunda seguida, o alemão assegurou o vice do Mundial de Pilotos deste ano.

Mesmo que vença a última etapa, em Abu Dhabi, daqui a duas semanas, Sebastian Vettel, o terceiro colocado em Interlagos, não tem mais como alcançar Rosberg. Hamilton, que assegurou o título há duas corridas, foi o segundo colocado neste domingo.

Após levar a decisão do ano passado até a última etapa, Rosberg não conseguiu fazer frente ao companheiro de Mercedes neste ano.

Viu seu desempenho em classificações, seu grande trunfo em 2014, despencar e Hamilton assegurar o tricampeonato mundial com três corridas de antecipação.

Coincidência ou não, o fato é que, desde então, Rosberg virou o jogo. Cravou a pole no México e em São Paulo e venceu as duas etapas sem dificuldade.

Até então, Hamilton havia vencido dez corridas contra apenas três do colega. Em poles, o inglês também estava bem à frente: 11 contra 4.

Apesar de Hamilton ter se aproximado algumas vezes durante as 71 voltas da penúltima etapa do Mundial, eles não chegaram a ficar lado a lado em nenhum momento. Assim Rosberg pode festejar o 13º triunfo da carreira, o segundo seguido no circuito paulistano —o último piloto a vencer o GP Brasil duas vezes seguidas havia sido o colombiano Juan Pablo Montoya (2004 e 2005).

Mas, se nem mesmo o alemão encontrou explicação para a recente evolução, a Hamilton só restou elogiar seu companheiro de Mercedes. "Nico não tem cometido erros", afirmou o tricampeão que, apesar de nove tentativas, jamais conseguiu vencer uma corrida em São Paulo.

"Adoro o circuito, mas quando se está muito perto de outro carro a gente perde carga aerodinâmica e é impossível ultrapassar", afirmou Hamilton.


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