Folha de S. Paulo


Atentados repercutem em Interlagos e piloto francês pede paz

Os atentados terroristas que atingiram Paris, na França, na noite desta sexta-feira (13) repercutiram na manhã deste sábado (14) em Interlagos, casa da penúltima etapa da F-1 neste ano.

Um dos primeiros a chegar no autódromo paulistano para os treinos livres e de classificação deste sábado, o brasileiro Felipe Massa, da Williams, afirmou não ter palavras para descrever o sentimento após as mortes na capital francesa.

"É terrível. Foi inacreditável ver aquilo. Estou muito triste de ver que as pessoas não tem paixão pelas outras. É difícil encontrar palavras para explicar alguma coisa. Espero que eles encontrem essas pessoas [terroristas] e que eles paguem por isso. Fiquei a noite toda checando a situação. É terrível", disse o piloto brasileiro.

O diretor de corrida da McLaren, o francês Eric Boullier, também comentou sobre os tristes eventos que aconteceram em seu país natal. Para ele, a "tragédia é para Paris, para a França e para o mundo inteiro".

Para Massa, porém, o trabalho deve seguir.

"Esse é nosso trabalho e temos de fazê-lo para tentar levar um pouquinho de alegria para as pessoas. Vamos tentar não pensar muito nisso", disse.

Romain Grosjean, único piloto francês titular no grid, publicou uma foto em seu Twitter nesta manhã vestindo seu macacão e uma braçadeira com a bandeira francesa. No texto, resumiu: "Direto do Brasil, pensando em vocês, Paris. Paz depressa".

Reprodução/Twitter/RGrosjean
Romain Grosjean homenageia as vítimas dos atentados em Paris, em seu Twitter
Romain Grosjean, piloto da Lotus, homenageia as vítimas dos atentados em Paris, em seu Twitter

Equipe de Grosjean, a Lotus vai estampar em seus carros a hashtag #PrayForParis, no domingo (15).

O francês Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), que tem sua sede em Paris, também falou sobre os atentados e anunciou um minuto de silêncio antes do GP Brasil, neste domingo.

"Atinge o mundo inteiro. Todos estão terrivelmente tristes com o que aconteceu. Infelizmente não é a primeira vez e não posso dizer que será a última. Estamos vivendo em mundo que pode ser muito cruel, onde a vida das pessoas parece não ter significado", disse Todt após reunião com Bernie Ecclestone, chefão da F-1, em Interlagos.


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