Folha de S. Paulo


Fifa confirma cinco candidatos para eleição de fevereiro

O Comitê Eleitoral da Fifa anunciou nesta quinta-feira (12) que aprovou o nome de cinco candidatos à presidência da entidade em fevereiro.

São eles: o suíço Gianni Infantino (secretário-geral da Uefa), Jérome Champagne, ex-secretário-geral adjunto da Fifa, o príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, o sul-africano Tokyo Sexwale e o presidente da Confederação de Futebol da Ásia, Salman bin Ebrahim Al Khalifa.

Sem fornecer mais detalhes, o comitê informou que o presidente da Federação Liberiana de Futebol, Musa Bility, que registrou sua candidatura, não teve o nome aprovado no controle de "integridade", uma espécie de pente-fino ético realizado em todos os postulantes ao cargo.

Além desses cinco candidatos, um sexto pode ser acrescentado a partir de janeiro: o francês Michel Platini.

O cartola está suspenso até janeiro das atividades do futebol por causa da investigação que sofre em razão do pagamento suspeito de 2 milhões de francos suíços recebido dos cofres da Fifa –a mando de Joseph Blatter– em 2011.

Candidatos à presidência da Fifa

Somente após a suspensão é que o comitê eleitoral avaliará seu registro –se a punição for prorrogada por 45 dias pelo Comitê de Ética, possibilidade prevista nas regras, Platini ficará de fora da eleição.

Não há, por enquanto, nenhum favorito para a eleição marcada para tirar a Fifa de uma crise sem precedentes. A votação para a sucessão de Blatter ocorre no dia 26 de fevereiro.

Se não fosse o escândalo, a vitória de Platini era quase certa. Esse tipo de eleição costuma ser decidido pela orientação em bloco das confederações: a Conmebol, que dirige o futebol sul-americano, estava praticamente fechada com Platini, assim como a Concacaf, a Uefa e parte da Ásia.

A Uefa lançou seu secretário-geral, o suíço Gianni Infantino, para ter na disputa um nome do continente europeu diante da crise de Platini, afastado também da presidência da entidade que dirige o futebol na Europa. Infantino já sinalizou que abre mão da candidatura se o ex-jogador puder concorrer em fevereiro.

Dois que podem crescer na campanha são Tokyo Sexwale e Jeróme Champagne.

Ativista anti-apartheid e ex-prisioneiro político, Sexwale busca o apoio da Confederação Africana de Futebol, peça-chave no xadrez eleitoral com 54 membros com direito a voto. A confederação é historicamente ligada a Blatter e o gesto do suíço por um candidato pode guiar seus rumos.

E aí podem crescer as chances de Champagne, amigo e ex-assessor do cartola em Zurique. Champagne é visto como um "outsider" na cartolagem. É inimigo de Platini e do ex-secretário-geral Jeróme Valcke, ambos mergulhados em escândalos. Um apoio de Blatter daria a ele força em inexpressivas federações, maioria no mundo do futebol e que podem ser decisivas na eleição.


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