O senegalês Lamine Diack, ex-presidente da IAAF (Federação Internacional de Atletismo), foi preso nesta quarta-feira (4) acusado de corrupção e lavagem de dinheiro em esquema que escondia resultados de exames de antidoping na modalidade.
Diack, 82, ficou na presidência da entidade até o final de agosto, quando foi substituído pelo britânico Sebastian Coe, eleito após vencer a eleição contra o ex-atleta ucraniano Serguei Bubka.
Em agosto, o jornal britânico "The Sunday Times" e a rede alemã ARD/WDR denunciaram com base em documentos que 800 atletas testados entre 2001 e 2012 tiveram resultados de exames de sangue "altamente sugestivos de doping ou pelo menos muito anormais".
Tudo seria acobertado pela Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo). Dias depois, a entidade afirmou que reanalisou exames retidos de 2005 a 2007 e verificou 32 novos casos positivos em 28 atletas -nenhum disputou o Mundial de Pequim, realizado em agosto.
Na época das denúncias, Diack disse ser "ridículo" achar que houve acobertamento. "A credibilidade do nosso esporte não foi afetada", protestou.