Folha de S. Paulo


Com Platini suspenso, Uefa declara apoio a secretário-geral para a Fifa

Jean-Christophe Bott - 18.out.2015/Efe
O suíço Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa desde 2009
O suíço Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa desde 2009

O Comitê Executivo da Uefa (que administra o futebol europeu) anunciou nesta segunda-feira (26) que apoiará o suíço Gianni Infantino, secretário-geral da entidade, à presidência da Fifa.

A decisão foi tomada depois de uma reunião de emergência com as associações filiadas ao órgão.

Presidente afastado da Uefa, o ex-jogador francês Michel Platini também lançou a sua candidatura, mas está suspenso por 90 dias pelo Comitê de Ética da Fifa.

"A próxima eleição para a presidência da Fifa representa um momento crucial para o futuro do jogo e da própria Fifa. Nós acreditamos que Gianni Infantino tem todas as qualidades necessárias para assumir os maiores desafios e liderar a organização em reformas para recuperar sua integridade e credibilidade", disse a Uefa em um comunicado, sem citar o nome de Platini.

"Gianni tem feito um grande trabalho na Uefa, tendo comprovado ser um administrador de alto nível e construiu relações positivas com pessoas relacionadas ao futebol no mundo todo. Ele defende há muito tempo a necessidade de mudança e renovação para o desenvolvimento da Fifa e traria uma voz esclarecida para as discussões sobre governanças no futebol", afirmou a entidade.

Infantino chegou à Uefa em 2000, é secretário-geral da entidade desde outubro de 2009 e fala cinco idiomas (inglês, francês, alemão, espanhol e italiano).

XEQUE DO BAHREIN

O xeque Salman bin Ibrahim Al-Khalifa, presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC), apresentou a sua candidatura à presidência da Fifa nesta segunda-feira, anunciou a agência oficial do Bahrein BNA.

A inscrição para o pleito na entidade máxima do futebol termina exatamente à meia-noite desta segunda. Al-Khalifa enviou a documentação de candidatura à sede da Fifa, em Zurique, na Suíça, antes do fim do prazo.

Al-Khalifa é membro da Família Real do Bahrein e está na presidência da AFC desde 2013.

Além de Al-Khalifa, Platini e Infantino, apresentaram candidatura o sul-africano Tokyo Sexwale, ex-colega de cela de Nelson Mandela, o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, o francês Jérôme Champagne, ex-secretário-geral da Fifa, e David Nakhid, de Trinidad e Tobago.

Zico ainda almeja disputar a eleição para suceder Joseph Blatter. No entanto, para isso, ele precisa apresentar o apoio oficial de pelo menos cinco federações, o que ainda não tem.

O pleito para a escolha do novo presidente da entidade está previsto para 26 de fevereiro de 2016.

SUL-COREANO DESISTE

O sul-coreano Chung Mong-Joon retirou nesta segunda-feira a sua candidatura à presidência da Fifa por conta de uma suspensão imposta contra ele pelo Comitê de Ética da entidade.

Chung está banido do futebol por seis anos por comportamento inadequado durante o processo de escolha das sedes das Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Qatar.

"Por conta das sanções injustas do comitê de ética, perderei o prazo de 26 de outubro para apresentar minha candidatura", disse Chung em nota.

"É hora de retirar oficialmente minha candidatura para próximo presidente da Fifa", acrescentou.


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