Irritado com o árbitro da partida com a Chapecoense, na quinta-feira (15), no Maracanã, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, pediu que a CBF tome providências contra a comissão de arbitragem.
"Eu pedi para o presidente da CBF, o Marco Polo Del Nero, intervir na comissão de arbitragem diante dessa situação toda e abrisse inquérito sobre aquilo que estamos falando. A cada momento fatos novos estão sendo acrescentados", disse Eurico nesta sexta (16).
"A CBF tem obrigação de intervir nessa comissão de arbitragem, que já demonstrou incompetência. E não falo especificamente do Vasco", afirmou.
No jogo de quinta, válido pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, o árbitro marcou um pênalti polêmico para a Chapecoense e deixou de dar um para o time carioca. A partida terminou empatada por 1 a 1.
Eurico criticou ainda o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto. Segundo o mandatário vascaíno, Peixoto tem visitado os vestiários de árbitros antes de jogos pelo Brasileiro, o que é proibido.
"É só fazer um levantamento dos jogos com clubes de Santa Catarina que o senhor Delfim Peixoto Neto trabalhou. Vai ser constatado que houve um benefício desses times. Para mim, e eu afirmo com maior tranquilidade, tem interferência direta desse senhor Delfim. E vou mais uma vez dizer porque não se toma providência", disse Eurico.
O dirigente lembrou que o árbitro do jogo entre Chapecoense e Vasco, válido pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro, em 4 de julho, relatou na súmula que Peixoto visitou o vestiário dos árbitros "com objetivo de cumprimentar" os juízes.
"O Vasco está sendo muito prejudicado, mas não somos um clube qualquer. Eles vão ter que responder por isso. Se o presidente da CBF não tomar nenhuma providência, ele vai ter que assumir a responsabilidade total de qualquer coisa que venha acontecer de prejuízo ao Vasco. Não iremos reagir só na Justiça comum, nem na desportiva. Será uma guerra sem quartel contra essas pessoas", afirmou.
No site da Federação Catarinense de Futebol, a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina repudia Eurico.
"São palavras que não têm consistência, que visam um jogo de pressão de bastidores, que muitas vezes são de recorrente artifício, utilizado em momentos de pressão, como uma reta final de Brasileirão. Não há nada que comprove qualquer tipo de atuação do presidente da FCF, Delfim Pádua Peixoto Filho, visando influenciar a arbitragem em favor dos clubes catarinenses", diz a nota.