Após divulgar nota em que declarava a continuidade do apoio da FA (Federação Inglesa de Futebol) à candidatura do francês Michel Platini à presidência da Fifa, o presidente da entidade, Greg Dyke, anunciou na tarde nesta quinta-feira (8) que pode abandonar Platini na eleição caso as investigações revelem algo impróprio nas ações do francês.
Atual mandatário da Uefa, Platini foi suspenso por 90 dias das atividades do futebol pelo Comitê de Ética da Fifa, assim como Joseph Blatter.
"A FA se comprometeu neste verão em apoiar o senhor Platini em sua candidatura à presidência da Fifa. Decidimos manter esta posição em uma reunião na semana passada", disse a FA em um comunicado no início da tarde.
"Esperamos agora os resultados das investigações da Comissão de Ética da Fifa e da Justiça suíça. Soubemos que Platini se declarou inocente", afirmou a entidade.
Mais tarde, Dyke levantou a possibilidade de retirada do apoio no futuro.
"Se o comitê de ética chegar à conclusão que Platini não se comportou propriamente ou que se comportou desonestamente, logicamente a FA não o apoiará. É por isso que dissemos em nosso pronunciamento que estamos esperando os resultados da investigação", disse Dyke.
Com a suspensão, tanto Blatter como Platini não podem, em tese, participar de reuniões e eventos em nome das entidades que representam.
De acordo com as regras do comitê de ética, há um prazo de dois dias para apelação, sem direito a efeito suspensivo da decisão tomada. O prazo de 90 dias, prorrogável por mais 45, é o máximo previsto.