Folha de S. Paulo


Defesa de Neymar temeu prejuízo com patrocinadores em caso do Porsche

Para tentar evitar que a apreensão do Porsche amarelo de Neymar fosse conhecida, a defesa do jogador fez um pedido para que os processos que envolvem o caso ficassem sob segredo de justiça. A solicitação, porém, não foi atendida nenhuma das vezes.

"É estreme de dúvidas que a divulgação das informações aqui expostas pode causar irreparáveis danos à imagem do jogador", escreveram os advogados do atacante do Barcelona, em uma das ações.

"Não é difícil aduzir que a preservação da imagem do sr. Neymar Júnior é imprescindível para a manutenção de contratos com patrocinadores e realização de campanhas de marketing, sendo que tudo isso poderia ser irremediavelmente prejudicado em virtude da ampla exposição", completam.

Segundo a defesa de Neymar, a acusação é descabida, mas seria mal interpretada e alvo de deturpações pelos "tablóides sensacionalistas do país e do mundo".

A Justiça, no entanto, não concedeu. O argumento foi de que a empresa acusada pela Receita Federal da irregularidade, a Neymar Sport e Marketing, não está no nome do atleta e, por isso, não havia motivo para que o processo corresse em segredo.

Como a Folha revelou nesta terça-feira (29), um Porsche amarelo de Neymar foi apreendido em julho de 2014 e está até hoje sob a guarda do poder público devido a supostas irregularidades com a Receita Federal.

A empresa que cuida dos direitos de imagem do jogador, quem realizou a compra, em 2011, pagou R$ 349 mil na compra, contando R$ 60 mil de intermediação.

A empresa do jogador diz que foi "vítima" de outra companhia.

O modelo trazido, um Porsche Panamera 2011, tinha a cor branca, mas foi adesivado em amarelo alguns meses depois, por pedido do atleta.


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