Folha de S. Paulo


Dorival diz que pênalti mudou clássico e fala em injustiça com David Braz

O técnico Dorival Júnior, do Santos, ficou bem irritado com a marcação do pênalti para o Corinthians, lance que possibilitou o time paulistano abrir o placar na vitoria por 2 a 0, no Itaquerão, neste domingo (20), pelo Campeonato Brasileiro.

Mas não mais irritado do que com a injusta expulsão do zagueiro David Braz por supostamente cometer a falta —o defensor nem sequer estava no lance que gerou a penalidade. A arbitragem viu pênalti no atacante Vagner Love, do Corinthians, aos 34 min do segundo tempo, após lance com o lateral esquerdo Zeca, do Santos. 

"O árbitro voltou atrás após a interferência do bandeira, mas o bandeira não viu um toque de mão de Vagner Love. Eu tive a percepção que o Vagner tentou o chute e nesse momento houve um toque por trás, não deu para precisar se foi na bola ou no Vagner, mas deu para ver que ele [Vagner] fez o domínio da bola ajudado pelas mãos", disse o treinador santista, após o clássico.

"O Corinthians foi superior durante o primeiro tempo, mas no segundo tempo não era superior. Nós mudamos, fazíamos uma boa apresentação, empurramos o Corinthians para o campo de defesa, mas teve o pênalti e isso mudou a história do clássico", lamentou Dorival Jr.

Sobre David Braz, o treinador foi ainda mais duro nas críticas.

"David nem sequer estava na jogada, ele estava adentrando a grande área. Dentro de campo, a arbitragem colocou para os jogadores que a expulsão foi por causa da penalidade. Mas tenho certeza que na súmula o árbitro vai colocar que houve agressão verbal do David para justificar a expulsão", afirmou Dorival.

Veja vídeo

CONFISSÃO E CONFUSÃO 

Após o jogo, o lateral esquerdo Zeca admitiu que cometeu a penalidade em Vagner Love.

"Realmente foi pênalti, eu estava na jogada e não o David Braz", disse Zeca, que depois foi questionado porque não assumiu a culpa para a arbitragem. "Eu falei para o árbitro que eu estava na jogada e ele tinha de me expulsar".

A expulsão de David Braz teve outra consequência. Ao sair de campo, o zagueiro teve uma discussão com o técnico Tite. Os dois foram separados pelos jogadores que estavam no banco de reservas de Santos e Corinthians.

O comandante do time paulistano não quis falar sobre o assunto.

"Estava de cabeça quente naquele momento. Tenho muito respeito pelo Tite, ele me lançou no Palmeiras. Já pedi desculpas e o assunto é página virada para mim", disse o defensor.


Endereço da página:

Links no texto: