Folha de S. Paulo


Atlético-MG diz que vai oficializar pedido para saída de Sérgio Corrêa

Segundo lugar na tabela, o Atlético-MG é um dos mais revoltados com os erros da arbitragem do Campeonato Brasileiro.

Depois de saber da notícia do afastamento de cinco auxiliares e um árbitro na tarde desta quinta-feira (03), o presidente do time, Daniel Nepomuceno, disse que não há nada para ser comemorado e foi taxativo com o seu objetivo: tirar Sérgio Corrêa do cargo de presidente da Comissão de Arbitragem.

Irritado com mais uma partida de lances polêmicos, nesta quarta, contra o Atlético-PR, o dirigente decidiu que vai formalizar um pedido de saída do chefe do apito.

"Não tem nada para ser comemorado. Muito pelo contrário. Qual é o critério para se afastar essas pessoas? É um absurdo. Se afastar todos os que erraram, vão sobrar poucos. O que tem de mudar é o comando. O bandeira de ontem nunca tinha atuado em um jogo da primeira divisão e a culpa é dele? Quem escalou ele? Esse é o problema", afirmou Nepomuceno à Folha.

"Eu sou presidente do conselho técnico de clubes e já estou decidido. Na próxima reunião, do dia 11 de setembro, eu vou levar lá o meu pedido formal para que Sérgio Corrêa seja retirado do cargo. Não há mais nenhum motivo para ele ficar. Muitos clubes estão solidários a mim e eu tenho muita esperança de que vamos conseguir tirá-lo de lá", completou.

Para o dirigente mineiro, a medida anunciada pela CBF na tarde desta quinta cumpre apenas um objetivo: o de manter Sérgio Corrêa em sua função.

"Sabe o que significa o afastamento? É uma desculpa para manter Sérgio Corrêa no cargo. Apenas isso. O problema já estourou e eles estão fechando os olhos para isso. Se precisar, eu vou convocar todos os dirigentes para pedir a saída do Sérgio Corrêa", disse Daniel Nepomuceno.

"Eles não são transparentes, não mostram a cara. É um absurdo completo", acrescentou.

De acordo com o presidente do Atlético-MG, a ouvidora da arbitragem já se pronunciou algumas vezes respondendo e-mails do clube e admitiu erros cometidos pela arbitragem.

"Até a ouvidoria já reconheceu. Eles nos responderam que estamos certos. Não é um absurdo?", terminou.


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