Folha de S. Paulo


Ouros na China dão a Bolt supremacia rumo à Rio-2016

A vitória nos 200 m no Mundial de Pequim nesta quinta-feira (27) deixará o jamaicano Usain Bolt, 29, em melhor situação na chegada aos Jogos do Rio-2016 do que em relação a Londres-2012.

Ao percorrer a distância em 19s55, à frente do americano Justin Gatlin (19s74) e do sul-africano Anaso Jobodwana (19s87), Bolt levou o seu quarto título mundial na prova.

"É grandioso. É a quarta vez que consigo vencer e isso representa muito para mim", disse Bolt, que já havia vencido, no domingo, os 100 m. Ele ainda tentará um terceiro pódio no revezamento 4 x 100 m, cuja decisão é no sábado.

Bolt sai muito fortalecido da competição. Ele chegou à China questionado por ter lidado com lesão na perna e competido pouco e por ter tido marcas bem inferiores às de Gatlin –que também terminou com prata nos 100 m.

O domínio demonstrado no estádio Ninho de Pássaro contrasta com sua fase antes dos Jogos de Londres. Em 2011, Bolt deixou o Mundial de Daegu "apenas" com o ouro nos 200 m e no 4 x 100 m, pois foi eliminado nos 100 m após queimar a largada.

No ano seguinte, também penou ao ser derrotado duas vezes na seletiva olímpica de seu país por Yohan Blake.

Nos Jogos, porém, dissipou as dúvidas com três ouros.

Nesta quinta, mandou um recado a quem ainda tinha dúvidas. "É trabalho duro e dedicação ao esporte, especialmente nesta temporada em que muita gente duvidava de mim, dizendo que eu perderia. Acabo de mostrar meu potencial", afirmou.

Bolt detém, agora, dez medalhas de ouro em Mundiais, duas a mais do que os americanos Carl Lewis e Michael Johnson. A conta poderá aumentar neste sábado. "Não há razão para que nosso time não vença o revezamento."


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