Folha de S. Paulo


Quenianas são flagradas em exame antidoping no Mundial de atletismo

As quenianas Joyce Zakary e Koki Manung foram flagradas no exame antidoping durante o Mundial de atletismo, em Pequim, na China. O anuncio foi feito pela Iaaf (Federação Internacional de Atletismo) nesta quarta-feira (26).

De acordo com a entidade, os exames foram coletados nos dias 20 e 21 de agosto em um hotel onde a delegação queniana está hospedada. As substâncias não foram reveladas.

Joyce Zakary se classificou para a semifinal dos 400 m, mas não compareceu para disputar a prova. Já Koki Manunga foi eliminada nas eliminatórias dos 400m com barreiras.

O Mundial de atletismo, que reúne 1.936 atletas de 207 países, começou sob a sombra de uma série de dúvidas sobre a credibilidade da própria modalidade.

No início do mês, o jornal britânico "The Sunday Times" e a rede alemã ARD/WDR denunciaram base em documentos que 800 atletas testados entre 2001 e 2012 tiveram resultados de exames de sangue "altamente sugestivos de doping ou pelo menos muito anormais".

Ainda segundo o jornal e a rede alemã, 146 medalhas olímpicas e mundiais foram obtidas por atletas cujos testes apontam para uso de substâncias ilegais.

Tudo seria acobertado pela Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo). Dias depois, a entidade afirmou que reanalisou exames retidos de 2005 a 2007 e verificou 32 novos casos positivos 28 atletas –nenhum estaria em Pequim.

Em meio a isso, a associação elegeu um novo presidente, o britânico Sebastian Coe, que prometeu estudar a implantação de órgão antidoping independente, que deve ser discutido em outubro.


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