Folha de S. Paulo


ANÁLISE

Freio da Sauber, mais uma vez, tira Nasr da zona de pontuação

Pela terceira vez nas últimas cinco corridas, Felipe Nasr sofreu com um problema no freio de seu Sauber, o que fez com que ele ficasse mais uma vez fora da zona de pontuação.

Primeiro foi no Canadá, depois na Áustria, e agora a falha voltou a ocorreu no GP da Bélgica, vencido por Lewis Hamilton neste domingo.

Numa corrida cheia de abandonos e alternativas como a de Spa-Francorchamps, foi mais uma oportunidade perdida não apenas para o piloto brasileiro como também para a Sauber.

Em dificuldades financeiras, o time suíço não pode se dar ao luxo de deixar oportunidades como esta escaparem como já fez em outras ocasiões neste ano.

Especialmente quando o problema é em algo relativamente simples, como o freio. Enquanto o problema é a falta de potência do motor (a Ferrari só disponibilizou sua nova versão neste final de semana para a Sauber), ou a falta de atualizações do pacote aerodinâmico (que requerem trabalho no túnel de vento, por exemplo), ainda vá lá. Mas, como o próprio Nasr disse, as constantes falhas no freio de seu carro são "inaceitáveis".

É fato que o time está tentando solucionar seus problemas a longo prazo —recentemente anunciou a contratação de Mark Smith, ex-Red Bull e Force India, para trabalhar como diretor técnico—, mas é preciso agir mais rapidamente.

Depois de um bom início de Mundial, quando chegou a ficar entre as quatro primeiras por algumas corridas, a Sauber começou a despencar na classificação e agora está à frente apenas de McLaren e Manor.

A Toro Rosso, sua rival direta, abriu 14 pontos de vantagem apenas nas duas últimas corridas —vale lembrar que a posição no campeonato de construtores é o que determina a verba que os times receberão na temporada seguinte.

Para Nasr, que faz sua primeira temporada na categoria, os problemas também não ajudam, já que para quem vê de fora, a falta de resultados pode começar a minar suas chances de uma eventual transferência para uma equipe mais competitiva.

Como Rubens Barrichello sempre dizia, a F-1 tem memória curta e você é tão bom quanto seu último resultado.


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