O Brasil terminou o evento-teste da vela para a Olimpíada de 2016 com apenas uma medalha. Para o gerente de performance esportiva, Jorge Bichara, o resultado mostra uma "visão realista" das perspectivas do esporte para os Jogos do ano que vem.
A equipe considera ter obtido dois bons resultados. Além do ouro da dupla Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs mundiais que mantiveram o bom desempenho, a evolução de Fernanda Decnop, na Laser Radial, foi comemorada. Ela ficou em 9º na classe, mas tem mostrado uma evolução que deixa satisfeita a comissão técnica da CBVela –ela conquistou um bronze nos Jogos Pan Americanos de Toronto.
"Desde o início a gente sabia que seria um evento extremamente competitivo, como foi. Saímos com uma visão realista em relação ao nosso nível de disputa. Sabemos onde temos capacidade de melhora", disse Bichara.
A expectativa é participar das regatas da medalhas de seis das dez classes em disputa. O país chegou em cinco no evento-teste.
Um dos resultados abaixo do esperado foi de Patrícia Freitas, na RSX. Ouro nos Jogos Pan Americanos, ela ficou em 11º, fora da final.
Freitas disse que a preparação não foi a ideal. Ela disse que o Pan a desgastou muito. O diretor técnico da CBVela, Torben Grael, afirmou que ela também contraiu uma virose semanas antes do evento.
Maior medalhista olímpico do Brasil, Robert Scheidt ficou em 4º na classe Laser. Embora se esperasse uma medalha, o resultado foi bem visto, já que ele vem de desempenho ruim no Mundial do Canadá, onde ficou em 15º.
"Nosso objetivo para 2016 é manter a tradição da vela e trazer medalha. Se possível medalhas. A Olimpíada em que conquistamos mais foi Atlanta, com três. A distância não é tão grande. Nossa equipe teve um desgaste natural por causa do Pan", disse Torben Grael.
