Folha de S. Paulo


Desfalques são, de novo, o problema do Palmeiras, que tenta voltar ao G-4

Eduardo Anizelli/Folhapress
Marcelo Oliveira durante jogo do Palmeiras contra o Cruzeiro
Marcelo Oliveira durante jogo do Palmeiras contra o Cruzeiro

Neste domingo (23), no estádio Independência, o Palmeiras entrará em campo desfigurado mais uma vez. Contra o Atlético-MG, acumulam-se os desfalques de Arouca, Robinho e Victor Ramos, com dores musculares, além de Gabriel, que se recupera de ruptura dos ligamentos do joelho e só voltará a jogar em 2016.

Em sua passagem pelo Palmeiras, o técnico Marcelo Oliveira tem sofrido com os desfalques por lesões. Em entrevista à Folha alguns dias antes de se lesionar, o volante Gabriel apontou como uma das principais contribuições do treinador ao time a definição mais precisa de um time titular. Atualmente, o técnico não consegue mais repetir as formações.

Em seus primeiros quatro jogos à frente da equipe, o técnico estabeleceu uma espinha dorsal, repetindo 10 dos 11 jogadores do time —Alecsandro, Cristaldo e Leandro Pereira revezaram-se no ataque. Nesses jogos, ele perdeu para o Grêmio e venceu os outros três São Paulo, Chapecoense e Ponte Preta.

Desde então, no começo de julho, Oliveira não conseguiu repetir a escalação da equipe nenhuma vez. Para este domingo, os quatro desfalques são considerados titulares no Palmeiras.

Além de Gabriel, já desfalcaram o time por lesão Robinho, Victor Ramos, Vitor Hugo, Barrios e agora Arouca, substituído no primeiro tempo da partida contra o Cruzeiro. As ausências foram quase todas na defesa e no meio de campo.

Como na partida de quarta (19) contra o time mineiro, o treinador pode ser forçado a abrir mão de seu esquema tático favorito, o 4-2-3-1, para montar a equipe segundo os jogadores que tem à disposição. O esquema mais provável para enfrentar o Atlético-MG conta com dois volantes de contenção, Girotto e Amaral, que, segundo o técnico, ficam mais fixos para dar liberdade aos laterais.

Na opinião do treinador, a queda de desempenho da equipe passa pela recorrência dos desfalques.

"Como se joga muito e se treina pouco no Brasil, eu acho que manter a mesma equipe dá consistência e entrosamento. Os jogadores vão se conhecendo de forma natural dentro de campo", explicou em coletiva.

As queixas do treinador sobre as atuais deficiências do time na marcação e na manutenção da posse de bola têm relação clara com a falta de entrosamento, além da diferença técnica entre os titulares lesionados e seus substitutos.

"As lesões são comuns porque a pré-temporada muito curta. No Palmeiras tem o agravante de que alguns jogadores foram sendo contratados durante os campeonatos. A intensidade e a frequência de jogos forçam muito o jogador", diz Oliveira.

Caso vença o Atlético-MG, o Palmeiras pode retornar ao G-4. Para isso, precisa torcer por um tropeço do Fluminense, que enfrenta o Joinville fora de casa.

ATLÉTICO-MG
Victor; M. Rocha, Edcarlos, Jemerson e D. Santos; R. Carioca, L. Donizete, Dátolo e G. Augusto; Luan e Pratto. Técnico: Levir Culpi

PALMEIRAS
Prass; Lucas, Vitor Hugo, Jackson e Egídio; A. Girotto, Amaral, Zé Roberto e Cleiton Xavier; Dudu e Alecsandro. Técnico: Marcelo Oliveira

Estádio: Independência, em Belo Horizonte
Árbitro: Sandro Meira Ricci (SC)
TV: SporTV (menos MG)
Horário: 18h30


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