Folha de S. Paulo


Apesar de protestos da torcida, Osorio diz que sente-se seguro no cargo

As vaias, ofensas e ameaças da torcida do São Paulo por causa da derrota para o Ceará por 2 a 1, no Morumbi, na noite desta quinta (20), não incomodam o técnico Juan Carlos Osorio.

Após o jogo, o treinador concedeu entrevista coletiva sobre o duelo da Copa do Brasil. Enquanto falava, do lado de fora do Morumbi, sete torcedores xingavam os jogadores.

"É uma situação do futebol, estou tranquilo. Trabalho com toda a dedicação, me doo 100%. Futebol é assim, mas ocupo meu tempo com trabalho e procurando melhorar", disse o técnico.

"O Brasil é um país democrático. Se as pessoas podem protestar por outros temas, creio que também podem se manifestar e protestar no futebol", completou.

Ao ser questionado sobre as manifestações contra os meias Michel Bastos e Ganso, ainda durante o jogo, o treinador também minimizou. Disse que não pretende poupar nenhum dos jogadores.

"Posso preservá-los, mas não por temor da torcida. Estão bem e têm condições de jogar pelo São Paulo onde for. No Morumbi ou fora", disse Osorio.

"A torcida pegar no pé de alguns jogadores é uma situação difícil de entender. Se pegaram no pé pelo jogo contra o Ceará, não concordo. É injusto. Mas se é uma situação que acumula vários jogos é difícil responder, e não entendo", completou.

Durante a entrevista, o treinador disse que não faltou coragem, empenho e dedicação ao time. Atribuiu a derrota por 2 a 1 à falta de precisão nas finalizações.

"Jogamos contra um time que buscou uma bola, fez o gol e recuou. Utilizou todos os atletas para se defender. É difícil jogar assim, mas estou orgulhoso do que fizemos. Criamos muitas chances. Foram 22 finalizações. Vamos ajustar o futebol e mudar esse momento", afirmou.

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