Folha de S. Paulo


Sebastian Coe é eleito presidente da Federação Internacional de Atletismo

Andy Wong/Associated Press
Sebastian Coe durante entrevista após ser eleito presidente da IAAF
Sebastian Coe durante entrevista após ser eleito presidente da IAAF

O ex-atleta britânico Sebastian Coe, bicampeão olímpico dos 1.500 metros, foi eleito nesta quarta-feira (19) presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) no congresso da organização realizado em Pequim.

Coe levou 115 dos 207 votos dos representantes das federações associadas à IAAF, enquanto seu rival na eleição, o também ex-atleta ucraniano Serguei Bubka, recebeu 92.

Com 58 anos, a lenda do atletismo britânico assumirá a partir de 31 de agosto a presidência da federação substituindo o ex-saltador senegalês Lamine Diack.

Coe, que atualmente preside a Associação Olímpica Britânica (AOB) e ocupa uma das vice-presidências da IAAF, tem uma ampla experiência organizativa, já que também foi presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

O ex-corredor britânico assumirá as rédeas do atletismo mundial em um momento no qual a imagem do esporte ficou manchada pelos recentes escândalos de doping revelados pela emissora de televisão alemã ARD e pelo jornal britânico "Sunday Times".

Uma das promessas eleitorais de Coe, aliás, é avançar rumo à criação de uma agência antidoping independente.

O ex-atleta britânico também disse ontem que, caso fosse eleito, planejava aumentar até US$ 200 mil (o dobro da quantia atual) os fundos que o Comitê Olímpico Internacional fornece a cada uma das 214 federações nacionais de atletismo para um período de quatro anos.

Coe confirmou, além disso, sua intenção de reformar o calendário das principais competições atlética mundiais para torná-lo "mais harmonizado", e melhorar as comunicações entre a IAAF e as federações nacionais.

Tanto Coe como Bubka são duas lendas vivas do atletismo com uma ampla trajetória também na política esportiva, razão pela qual a priori não havia um favorito claro na eleição.

No entanto, o sucesso do britânico como organizador dos Jogos Olímpicos, somado a seu maior carisma midiático, acabaram inclinando a balança a seu favor.


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