Folha de S. Paulo


Jamaicana faz história ao obter primeira medalha para seu país

A jamaicana Alia Atkinson obteve uma façanha ao terminar a final dos 100 m peito do Mundial de Kazan na terceira posição, nesta terça-feira (4).

Negra, ela conquistou a primeira medalha da história de seu país em Mundiais. Ela registrou a marca de 1min06s42, atrás apenas da lituana Ruta Meilutyte (prata) e da russa Yulia Efimova (ouro).

"Estou quebrando barreiras de novo. Isso é bom, mas eu tento não esperar muita coisa, dada minha experiência", afirmou a nadadora, que mora e treina na Flórida, nos EUA.

Ela disse ter ficado "estática" quando viu no placar que havia sido bronze.

Em um país como a Jamaica, movido a atletismo e que idolatra Usain Bolt e outros velocistas, o feito de Alia ganha ainda mais destaque.

A peitista contou que espera que o pódio incentive o investimento na natação de sua nação.

"Espero que essa medalha atraia patrocinadores que invistam na natação. Temos uma grande caminhada para os Jogos do Rio-2016. Poderíamos fazer mais camps de treinamento, como os EUA, para onde geralmente vamos, e ganhar exposição", explicou.

Alia nem de longe é um azarão. Em dezembro, ela foi campeã da prova no Mundial em piscina curta de Doha (25 m), e havia sido quarta colocada na distância nos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

Com seu feito, ela esperava que festejos ocorressem na Jamaica.

"Depois de Doha, em dezembro, eu soube que muita gente celebrava sozinha na Jamaica. Eu não acho que o Mundial de atletismo começou [será apenas em agosto], então espero que as pessoas estejam comemorando."

"Imagino as pessoas prestando atenção na natação também e queiram saber disso. Tenho certeza de que todos estão felizes por causa da medalha. Eu estou feliz", concluiu.

Alia foi vice-campeã da prova no Pan de Toronto e já estava classificada para os Jogos do Rio-2016.


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