As provocações são uma tradição na história da promoção das lutas. Há muito tempo que acontecem no boxe, e atualmente também são um recurso publicitário do UFC.
No entanto, a americana Ronda Rousey, campeã dos pesos-galos femininos, acredita que a desafiante brasileira Bethe Correia passou dos limites na divulgação da luta que acontecerá em 1º de agosto, na HSBC Arena, no Rio de Janeiro.
"Ela falou coisas do tipo 'espero que não volte a usar drogas depois de apanhar de mim' e 'espero que ela não se mate'. E deu risada. É algo bem documentado e conhecido que meu pai se matou. Foi aí que ela passou do limite. Entre provocar minhas amigas e conseguir uma chance de lutar pelo título, ela desrespeitou a maior tragédia que minha família já viveu. E deu risada. Isso não é promover a luta. Ela foi longe demais e eu não perdoo coisas assim'', afirmou Ronda, entre lágrimas, em vídeo promocional do UFC.
Em maio, Correia deu entrevista ao canal "Combate" em que disse que a americana é psicologicamente fraca.
"Ela não é uma pessoa boa de cabeça, precisa se cuidar. Está cheia de gente em volta dela, está vencendo, mas quando cair na real e ver que não é tudo isso, nem sei o que poderá acontecer. Espero que ela não se suicide", afirmou a brasileira, que dias depois pediu desculpas publicamente a Ronda. A atual campeã recusou.
No vídeo, Correia adota uma postura mais agressiva ao tratar do assunto.
"Chega de fazer imagem de menininha. Você não é uma coitadinha. Eu bati mesmo nas amigas dela, mas não falei do seu pai", diz.