Folha de S. Paulo


Com show de bolas de 3, Brasil passa fácil por Porto Rico no basquete

A seleção brasileira de basquete masculino passou longe do garrafão nesta terça-feira (21) para vencer Porto Rico por 92 a 59 nos Jogos Pan-Americanos. A diferença foi imposta no primeiro período, quando o time do técnico Rubén Magnano acertou 11 arremessos de três pontos, abrindo uma vantagem de 43 pontos.

O show no primeiro período foi tamanho que o locutor do Ryerson Athletic Center parou de comemorar cada sexta de três, como é habitual. O desenho que celebrava o ponto marcado de fora da linha dos três pontos também parou de aparecer no telão.

Com o sucesso nos arremessos de longa distância no início da partida e os sucessivos erros da equipe adversária, o time brasileiro seguiu a aposta nos pontos de três por toda a partida. No primeiro período, quando o Brasil impôs a diferença no placar, foram 22 chutes fora da linha, contra 11 dentro.

Porto Rico equilibrou a partida no segundo período, impondo uma marcação sob pressão forte em todas as saídas de bola do Brasil. Mas foi insuficiente para reduzir a enorme diferença imposta na metade inicial do jogo.

A estratégia de arremessos de longa distância garantiu a vitória brasileira. As duas equipes acertaram o mesmo número de chutes de dois pontos (18). Mas o Brasil marcou 16 de três pontos, contra dois de Porto Rico.

"Fizemos o jogo que Porto Rico nos deu. A gente sente durante o jogo as apostas que o outro time está fazendo. Quando está no começo do jogo e jogadores que gostam de chutar de três estão ficando livres, é sinal de que Porto Rico estava apostando em fechar mais a quadra", disse o armador Vitor Benite.

O técnico Rubén Magnano disse que cobrou dos jogadores empenho na defesa. Para ele, foi o sucesso neste setor abriu a possibilidade para conseguir a vantagem obtida no primeiro período.

"Eu não defino antes da partida se vamos apostar nos [arremessos de] três pontos, ou nos dois pontos. Digo para que todos os jogadores participem. Foi importante ver todos os jogadores tentando. O mais importante foi que sempre havia um companheiro sozinho para executar [o arremesso]", disse o treinador argentino.

Num grupo com Estados Unidos e Venezuela, o jogo contra Porto Rico era visto como essencial para conseguir a segunda vaga do grupo. Os dois melhores se classificam para as semifinais. A próxima partida do Brasil é na quarta-feira (22), contra os venezuelanos. Na quinta (23), a equipe enfrenta os norte-americanos.

O JOGO

O Brasil abriu o placar com dois pontos dentro do garrafão, com Rafael Hettsheimeir. Em seguida, a equipe emendou uma série de oito cestas de três, o que garantiu a dianteira arrasadora de 31 a 6 no primeiro quarto.

A vantagem continuou e Porto Rico só ultrapassou os 31 pontos marcados pelo Brasil no primeiro quarto na segunda metade do terceiro.

A seleção porto-riquenha mostrou disposição para tentar empatar o jogo. Chegou a fazer uma das mais belas jogadas da partida, num jogo aéreo do armador Jose Barea para enterrada de Kevin Young.

Ao apertar a marcação no segundo período, Porto Rico conseguiu atrapalhar as saídas de bola. O Brasil demorou cerca de cinco minutos para retomar o ritmo de pontuações. Magnano orientou os jogadores a fazer a mesma pressão sobre os adversários. A estratégia reequilibrou a partida.

Bastou ao Brasil manter uma diferença confortável no quarto período para garantir a vitória.

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Crédito: Editoria de Arte/Folhapress


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