Folha de S. Paulo


Del Nero diz que ausência na reunião da Fifa não causará prejuízo ao Brasil

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, disse que a sua ausência na reunião extraordinária da Fifa "não acarretará prejuízo ao Brasil". Na segunda-feira (20), o comitê executivo da entidade se reúne na Suíça para definir a sucessão de Joseph Blatter, que entregou o cargo no mês passado no meio da maior crise da história da Fifa.

Del Nero disse que será representado pelos outros dois integrantes da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) no comitê executivo da Fifa "com os quais tenho debatido a ordem do dia da referida reunião".

Além de Del Nero, o colombiano Luis Bedoia e o paraguaio Juan Angel Napout foram convocados para participar da reunião em Zurique.

Conforme a Folha revelou na sexta-feira (17), o presidente da CBF decidiu ficar no Brasil e já enviou uma carta aos cartolas da Fifa justificando sua ausência.

No documento, o presidente da CBF alegou que a abertura da CPI para investigar a confederação no Senado e a medida provisória que parcelou a dívida dos clubes o impedem de se ausentar do país.

"Já informei a Fifa de que não poderei participar da reunião, como era meu desejo, por conta da necessidade de acompanhar o desfecho da MP671 que possui no texto aspectos inconstitucionais e necessitam de pronta intervenção, caso seja sancionada", afirmou o presidente da CBF.

"Também em razão da CPI instalada pelo Senado Federal para investigar a CBF e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo FIFA 2014", acrescentou.

Desde a deflagração do escândalo, no final de maio, ele não deixou mais o Brasil.

Na ocasião, o ex-presidente da CBF José Maria Marin, 83, e outros seis dirigentes da Fifa foram detidos pela polícia suíça em uma operação surpresa, realizada a pedido das autoridades dos Estados Unidos.

Os cartolas são investigados pela Justiça americana em um suposto esquema de corrupção. Após as prisões, Del Nero deixou a Suíça com destino ao Brasil e não participou do pleito que reelegeu Blatter.

Já o dirigente da Fifa renunciou em seguida.

Os indiciados


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