Folha de S. Paulo


Foi a maior façanha que poderia ser escrita, diz Mujica sobre gol de Ghiggia

"O nome de Ghiggia é impossível de ser apagado", declarou o ex-presidente do Uruguai, José "Pepe" Mujica, sobre o autor do gol que deu o título da Copa de 1950 a seu país e que faleceu nesta quinta-feira (16) aos 88 anos.

Em entrevista publicada pelo Montevideo Portal, ele declarou que ouviu a transmissão do Maracanazo "em um velho rádio Edison, daqueles móveis quadrados com lâmpada" e que durante a partida "estava pouco menos que dentro do próprio rádio". À época, ele tinha 15 anos de idade.

O gol trágico

"Todo o Uruguai estava vibrando e saímos como loucos pelas ruas. Nunca vi tanta explosão e alegria na sociedade uruguaia; talvez quando acabou a ditadura, mas nunca vi tanta alegria em um povo", disse Mujica.

Para o ex-presidente uruguaio, "não há dúvida de que esse gol marcou a maior façanha esportiva da história do Uruguai e provavelmente a maior façanha que se poderia ter escrito."

Em Brasília, onde participa nesta sexta (17) da cúpula semestral do Mercosul, o atual presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, classificou como "uma ironia da vida" a coincidência das datas –nesta quinta completam-se 65 anos do Maracanazo. "Hoje estamos em uma data na qual temos que festejar e, nestas horas, a festa se transforma em dor", disse, segundo a agência de notícias Efe.


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