Folha de S. Paulo


Marin contesta extradição para os EUA e diz não haver provas contra ele

Preso na Suíça desde o dia 27 de maio, José Maria Marin foi ouvido por autoridades do país nesta terça-feira (14) pela primeira vez desde a sua detenção. O brasileiro esteve acompanhado de dois advogados. Além deles, estavam no local um intérprete judicial e um representante da polícia da Suíça.

Apenas a defesa do cartola teve acesso à audiência. Segundo os advogados de Marin, ele foi questionado se sabia dos crimes que foi acusado. O dirigente respondeu que sim. Foram feitas outras 14 perguntas. Nenhuma delas sobre o mérito dos crimes.

A audiência é o primeiro passo para o processo de extradição para os Estados Unidos.

O brasileiro contestou o pedido da Justiça americana para que ele seja mandado pelas autoridades suíças para o país. Na audiência desta terça-feira, a defesa do brasileiro argumentou que não há provas na acusação feita contra ele.

Marin responde por crimes de fraude, lavagem de dinheiro e conspiração envolvendo recebimento de propina em acordos para a transmissão de competições como a Copa América e Copa do Brasil.

Autoridades americanas apresentaram na acusação contra o brasileiro trechos de gravações onde ele pede propinas para representantes de empresas de marketing esportivo.

A defesa do dirigente tem até o dia 28 de julho para apresentar uma defesa técnica contra a extradição. Os advogados afirmam que irão recorrer até a Suprema Corte da Suíça.


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