Folha de S. Paulo


Ao lado de Carol, Lili defende os títulos da mulher Larissa no vôlei de praia

Divulgação/CBV
Lili Maestrini e Carol Horta, a dupla de vôlei de praia que vai representar o Brasil no Pan de Toronto a partir desta segunda-feira
Lili Maestrini e Carol Horta, a dupla de vôlei de praia que vai representar o Brasil no Pan de Toronto

Maior medalhista do vôlei de praia em Jogos Pan-Americanos, Larissa, 33, não estará em Toronto para tentar o tricampeonato.

Ouro em 2011 e 2007, ao lado de Juliana, e bronze com Ana Richa, em 2003, a capixaba preferiu se dedicar à busca de pontos no ranking olímpico por vaga em 2016.

A bicampeã, porém, estará representada no Canadá pela mulher, Lili, 27, em dupla com Carol Horta, 22, uma espécie de pupila de Larissa. Elas estreiam nesta segunda-feira (13), às 10h (de Brasília), contra dupla da Nicaraguá.

"Fico feliz que o Brasil terá uma representante que tem um pouco meu lá. Vai ficar essa vontade [de estar no Pan], mas é por um motivo maior, para lutar pela classificação olímpica", explica Larissa.

"A gente motiva muito uma à outra. Na Olimpíada de Londres, eu ficava muito tensa, nervosa, como torcedora. Agora, é ela [Larissa] quem vai me ver pela TV", diz Lili.

Ela se casou com Larissa em 2013, mas começaram o relacionamento em 2010.

Desde então, Lili foi bronze no Mundial de 2013, com Bárbara Seixas. Já Larissa foi ouro no Pan e no Mundial de 2011, bronze na Olimpíada de 2012, aposentou-se em seguida e voltou a jogar em 2014, ao lado de Talita, com quem atuou no Mundial deste ano.

"Olimpíada e Pan-Americano são diferentes, especiais. Só sabe quem já participou. Toca no coração. Será importante demais para a carreira da Lili", diz Larissa.

PUPILA

Lili iniciou a parceria com Carol Horta há cerca de dois meses apenas. E já estão entre as quatro melhores duplas do país e as 15 do mundo.

Partiu de Carol o convite à parceria. Mas Lili já tinha boas referências. "Larissa conhece bem a Carol, sempre falou que era de potencial. O mais importante foi saber da motivação dela, porque amo o que faço", afirma Lili.

A cearense de 22 anos foi descoberta há cinco, em um projeto de novos talentos em Fortaleza, justamente pelo técnico de Juliana e Larissa a época, Reis Castro.

A nova dupla brasileira se preparou no mesmo centro de treinamento de Larissa e Talita para ir ao Pan. "Larissa sempre me ajudou, conversando, passando experiência. Ela é espelho", diz Carol.

Para ela, ter uma das vagas para a Rio-2016 é muito difícil, mas "a luta para a Olimpíada de 2020 já começou".

A confiança de Carol é a mesma de Lili. "Pode escrever o que estou falando: em 2020, estarei lá", afirma.

Agora está escrito, Lili. Assim como o outro projeto que ela tem com a mulher: ter dois filhos depois de 2016 (gravidez de Larissa) e outros dois após 2020 (gravidez de Lili).


Endereço da página:

Links no texto: