Folha de S. Paulo


Pan é o auge para modalidades que estão fora dos Jogos Olímpicos

Jes's Espinosa
Marcel Stürmer comemora a medalha de ouro conquistada em Guadalajara
Marcel Stürmer comemora a medalha de ouro conquistada em Guadalajara

Assim como todo atleta, o patinador Marcel Stürmer, 29, vive seu auge a cada quatro anos. Mas, no caso dele, a frustração geralmente chega na temporada olímpica.

A patinação artística, esporte em que ele busca o quarto ouro no Pan, não faz parte do rol olímpico.

"O Pan é minha Olimpíada. É o momento em que chamo a atenção", disse ele.

Apesar do destaque que recebe durante a competição, o atleta diz ter dificuldades pelo fato de a modalidade não fazer parte da Olimpíada.

"Quando comecei a ter uma carreira internacional e me dei conta de que não ia me tornar um atleta olímpico, teve um peso grande. Preciso viver disso para competir num nível alto e ganhar as medalhas de ouro. E você sabe que vai ser difícil porque não é um esporte olímpico."

O patinador recebe mensalmente cerca de R$ 2.000 do Bolsa-Atleta. Por não ser esporte olímpico, ele não pode atingir o valor máximo do programa: aproximadamente R$ 15 mil.

A realidade é a mesma para atletas de boliche, caratê, esqui aquático, softbol e squash que foram a Toronto.

A número um do squash nacional, Thaisa Serafini, afirma que o Pan é a oportunidade para as atletas sentirem-se parte de uma equipe.

"Quando vamos para campeonatos mundiais, estamos mais em busca de um resultado individual. Aqui temos mais o sentido de equipe, de representar o Brasil."


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