Folha de S. Paulo


ANÁLISE

Na Inglaterra, Williams mostrou que pode ameaçar a Mercedes

A quarta colocação de Felipe Massa e a quinta de Valtteri Bottas no GP da Inglaterra podem ter sido frustrantes para a Williams depois de ver seus pilotos nas duas primeiras colocações até a 18a volta da corrida em Silverstone neste domingo.

Mas o resultado final da nona etapa do Mundial não tira o mérito da equipe inglesa.

Depois de ter terminado o campeonato do ano passado claramente como a segunda força da F-1 e equipe a mais ter se aproximado da Mercedes, o time inglês foi surpreendido em 2015 pela incrível evolução da Ferrari.
Mas, desde o GP da Áustria, quando a Williams implementou o primeiro grande pacote de novidades em seu carro, a equipe parece ter reencontrado o caminho em que estava no fim de 2014.

Prova disso foi o pódio de Massa já na prova em Spielberg, há duas semanas, e o excelente desempenho de seus pilotos em Silverstone –destaque para a largada cinematográfica de Massa. Mas, com o asfalto molhado, o que se viu foi a Mercedes bem à frente, assim como a Ferrari, que também foi beneficiada pela decisão certeira de Sebastian Vettel ao entrar nos boxes assim que a chuva apertou –foi graças a isso que ele roubou de Massa o pódio a oito voltas da bandeirada final.

Mas, apesar de ainda mostrar deficiência na chuva e de erros –questionáveis– de estratégia, tanto na hora de fazer os pit stops como o de esperar algumas voltas para liberar Massa e Bottas para disputarem posição na pista, o saldo do GP da Inglaterra foi positivo para a Williams.

E, principalmente para a F-1, pois mostrou que, com o campeonato chegando a sua metade, ainda há esperança de que alguém possa se aproximar da Mercedes e trazer emoção para um Mundial que até aqui vinha sofrendo com corridas pouco empolgantes.


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