A desistência do Valencia de contratar o zagueiro Rodrigo Caio põe em risco o plano traçado pelo São Paulo para diminuir suas dívidas.
A diretoria são-paulina contava com os cerca de R$ 44 milhões que entrariam no caixa pela negociação do jogador para quitar os quase quatro meses de direitos de imagem atrasados do elenco.
Porém, com o cancelamento da negociação, o clube terá de buscar outra solução para a atual crise financeira.
A resposta pode estar em uma nova negociação de Rodrigo Caio, agora com o Atlético de Madri, que já havia demonstrado interesse no futebol do zagueiro antes do acerto com o Valencia.
A equipe da capital espanhola chegou a fazer uma proposta de € 15 milhões (cerca de R$ 52 milhões) ao São Paulo para contratar o defensor de 21 anos.
A diretoria são-paulina, no entanto, optou por aceitar a proposta do Valencia, que, apesar de menor, tinha condições de pagamento mais favoráveis –o clube faria o deposito do dinheiro à vista.
O pagamento era especialmente importante, já que o São Paulo enfrenta problemas de fluxo de caixa.
EXPLICAÇÕES
Em nota, o presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, afirmou que o cancelamento da transferência de Rodrigo Caio foi motivado por "divergências contratuais".
O atleta viajou para a Espanha na última sexta (26) para realizar exames médicos e assinar contrato. Mas as condições financeiras presentes no documento não eram as mesmas que ele imaginava antes da viagem.
Além disso, Rodrigo Caio perdeu o interesse em assinar contrato com o Valencia ao saber de uma divergência entre o dono do clube, Peter Lim, e o presidente conselho de administração da equipe, o empresário Amadeo Salvo, sobre sua contratação.
A imprensa espanhola noticiou que o negócio foi cancelado pelo Valencia porque Rodrigo Caio não havia passado nos exames médicos, o que o São Paulo nega.
O Valencia disse em nota que o negócio foi desfeito por "diferentes problemas".