"Não devemos nada para nenhum desses caras que ganham R$ 500 ou R$ 600 mil. São todos iguais". Foi com essas palavras que Serginho Chulapa defendeu o técnico do Santos, Marcelo Fernandes, que cumpriu suspensão na vitória do time sobre o Corinthians por 1 a 0, neste sábado.
Braço direito do comandante alvinegro, Chulapa dedicou boa parte da entrevista coletiva para falar do companheiro, criticar a pressão nos bastidores do clube e outros treinadores.
"[A categoria] que mais de falta de ética no futebol é a de treinador, vagabundo que não sabe nada", atacou o ex-atacante e hoje auxiliar técnico do Santos.
Fernandes assumiu o Santos em março deste ano após a demissão de Enderson Moreira. Integrante da comissão fixa santista desde 2011, ele chegou a ser efetivado ainda no Campeonato Paulista e ganhou moral com a diretoria após a conquista estadual.
Após um início ruim de Campeonato Brasileiro, com o time na zona de rebaixamento, Fernandes chegou a ter a saída cogitada pela diretoria, que gostaria do retorno de Oswaldo de Oliveira.
Somente na última quinta-feira (18) a diretoria santista assegurou a continuidade de Fernandes.
"Se o Oswaldo viesse, ele seria bem recebido. Estava tranquilo em relação à vinda dele porque temos uma amizade de muito tempo. Mas se viesse um pilantra para cá eu ia voltar tranquilo para o meu cargo", disse Chulapa, irritado.
Chulapa ainda disse que ele e Fernandes chegaram a receber alguns convites. Mas depois, aparentemente arrependido, pediu para não falar sobre o assunto.
"Nós caímos na quinta-feira e acho que recebemos umas mil ligações. Gostaria de falar muita coisa hoje, mas seu eu falo.... já estou cheio de processo e não quero mais. Nunca teve ética e nunca vai ter. Sempre vai ser essa porcaria", completou.
Ao final da entrevista coletiva, Chulapa ainda descontraiu com os jornalistas. "Agora eu vou beber minha cerveja".