O diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, classificou como "exacerbada e rigorosa demais" a sentença que tirou o atacante Neymar da Conmebol e anunciou que vai recorrer da decisão.
Nesta sexta-feira (19), o Tribunal da Conmebol puniu por quatro partidas o atacante do Barcelona. Ele foi expulso após a derrota da seleção para os colombianos, por 1 a 0, quarta (17), em Santiago. O jogador está fora da Copa América.
"A decisão extrapolou a normalidade. O Neymar é caçado em campo e nada acontece com os adversário", disse o dirigente da CBF.
"Além disso, a decisão é um contrasenso jurisprudência do CAS [Corte Arbitral do Esporte] e da Uefa [entidade que regula o futebol na Europa]. Lá, quando um atleta é punido por três jogos ou mais, ele ganha um efeito suspensivo automático até que o caso seja julgado na segunda instância. Isso não está sendo respeitado também", acrescentou o advogado.
Na defesa de Neymar, a CBF defendeu a tese jurídica do "quantum satis", quanto suficiente, para o jogador do Barcelona.
Lopes alegou que uma punição superior a uma partida seria muito dura com Neymar.