Folha de S. Paulo


Estudantes chilenos protestam antes do jogo da seleção brasileira

Marcel Rizzo/Folhapress
Estudante protesta na porta do estádio Germán Becker antes do jogo entre Brasil e Peru
Estudante protesta na porta do estádio Germán Becker antes do jogo entre Brasil e Peru

Os estudantes de Temuco aproveitaram a estreia da seleção brasileira na abertura da Copa América para protestar por mudanças no sistema educacional do Chile.

Um grupo de estudantes levou cartazes e um enorme troféu que virou marca dos protestos pelo país, com a frase "Copa da Gratuidade". O ato foi realizado por cerca de 50 estudantes nos arredores do estádio Gérman Becker. Os carabineiros (policiais) proibiram a entrada dos estudantes na área mais próxima da arena de Temuco.

"O dinheiro gasto com o torneio poderia ter sido usado para financiar a nossa educação", disse o universitário Carlos Casanueva, 22.

O governo chileno gastou cerca de R$ 280 milhões somente reformando estádios para a Copa América.

Marcel Rizzo/Folhapress
Cartazes mostram quanto cada país da Copa América gastaria com a educação
Cartazes mostram quanto cada país da Copa América gastaria com a educação

Na quarta (10), uma dia antes da abertura do torneio, estudantes e professores realizaram um grande manifestação em Santiago para pressionar a presidente Michelle Bachelet a aprofundar a reforma educacional no país.

A manifestação reuniu cerca de 200 mil pessoas, segundo os organizadores. Ao fim da manifestação, alguns encapuzados entraram em conflito com agentes da polícia.

Estudantes e professores estão em greve há duas semanas. Eles exigem uma educação pública gratuita e de qualidade, consideram insuficientes a série de projetos de lei apresentados por Bachelet para modificar o sistema educacional.

Infográfico Seleções na Copa América


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