Pressionado após o escândalo de corrupção no futebol, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, se reuniu com os representantes dos clubes nesta segunda-feira no Rio. No encontro, o cartola ouviu pedido de dois clubes, Atlético Paranaense e Fluminense, para a criação de uma liga.
Entre os presentes, representantes de 20 clubes da primeira divisão, Del Nero não foi questionado sobre sua atuação à frente da CBF, nem sobre seu envolvimento com denúncias de corrupção.
Os presidentes dos times ouviram de Del Nero que ele irá "de peito aberto" ao Congresso nesta terça para provar sua inocência e demonstraram apoio ao cartola.
A Folha apurou que o presidente da CBF não recebeu nenhuma crítica durante a reunião.
"Não existe hipótese do Marco Polo renunciar. Não há nada contra ele", afirmou o presidente da federação pernambucana, Evandro Carvalho.
O presidente do Avaí, Nilton Machado, também declarou que não haverá renuncia. "Nem discutimos isso. Não ha por que renunciar", disse o cartola do clube, filiado à federação de Santa Catarina, cujo presidente é Delfim Peixoto, primeiro na linha de sucessão de Del Nero.
Com respaldo, Del Nero tomou uma atitude para atrair o apoio dos cartolas. Criou uma comissão de clubes para reformar o estatuto da entidade.
Foi decidido na reunião que essa comissão, composta por nove clubes (seis da Série A, um da B, um da C e outro da D), vai debater alterações no estatuto da CBF.
Dois pontos de mudanças já foram decididos nesta segunda: a limitação de mandatos dos presidentes da CBF em 4 anos e apenas uma reeleição.
