Folha de S. Paulo


Dezessete 'flanelinhas' são detidos antes de jogo da seleção brasileira

Neste domingo (7), dezessete 'flanelinhas' foram detidos por "exercício irregular da profissão" antes do amistoso entre Brasil e México no Allianz Parque, em São Paulo. Eles foram detidos por investigadores da delegacia móvel da Divisão Especial de Atendimento do Turista (Deatur), do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade).

Este é o segundo jogo que conta com as novas medidas antiviolência tomadas em conjunto pela Secretaria da Segurança Pública de São Paulo e o Poder Judiciário.

No último clássico entre Corinthians e Palmeiras, nove pessoas foram detidas no Itaquerão, e já foram sentenciadas a cumprirem trabalhos voluntários em instituições públicas.

As medidas antiviolência preveem a detenção pela delegacia móvel, a autuação, a ação do promotor e o julgamento no mesmo dia.

"Eles devem ser judicializados ainda hoje, e cumprirão uma pena pecuniária ou prestarão serviços comunitários. Isso o juiz vai decidir", disse o delegado Luís Fernando Saab.

Em coletiva de imprensa em frente a unidade da delegacia móvel, o secretário de segurança pública do estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, considerou a operação um sucesso.

"Foi um novo sucesso, que mostra o acerto do Tribunal de Justiça ao acatar o nosso pedido de aproximar as operações [da polícia civil e do Judiciário]. Além de combater o problema da violência nos estádios, agora estamos combatendo cambistas e 'flanelinhas'. Eles serão levados a juizado e apenados", disse Moraes.

"São duas coisas danosas para o cidadão: 'flanelinhas' e cambistas. As pessoas não aguentam mais ir ao estádio e ficar ouvindo 'quer ingresso, quer ingresso'. Elas não querem mais ser ameaçadas pelos 'flanelinhas'. Hoje, alguns estavam cobrando até R$ 60 para estacionar", completou.

"Nós temos regras em São Paulo, e queremos que elas sejam cumpridas. Depois das detenções, não vimos mais flanelinhas hoje", concluiu o secretário.

Dos 17 detidos neste domingo, dois têm passagens na polícia por receptação de carga; dois por furto; e um por falsidade ideológica.

Além disso, dez já assinaram termos circunstanciados por exercício ilegal da profissão, motivo pelo qual foram detidos neste domingo. Um deles já assinou três outras vezes um termo circunstanciado do tipo.


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