Folha de S. Paulo


Astro em ascensão, Neymar tenta sua maior conquista contra a Juventus

Aos 23 anos, Neymar parece ter tudo o que um jogador sempre sonhou: muito dinheiro, fama de ídolo, status de craque internacional em um dos clubes mais badalados do mundo e atual referência da seleção brasileira.

Mas é neste sábado (6) que ele pode obter a conquista mais importante de sua trajetória profissional até agora: a Liga dos Campeões da Europa, torneio de clubes mais prestigiado do planeta.

Campeão da Taça Libertadores pelo Santos em 2011, o atacante do Barcelona afirmou nesta sexta-feira (5) que a final contra a Juventus, no Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha, é o maior jogo da sua carreira.

"Já joguei muitas finais, mas acredito que essa é a principal, o jogo mais importante de minha vida", disse, na coletiva de imprensa aos jornalistas internacionais.

O jogo está marcado para ter início às 15h45 (no horário de Brasília). De um lado, o temido trio "MSN" –com Messi, Suárez e Neymar, responsáveis por 120 gols na temporada–, que quer dar ao Barça a quinta taça europeia.

Do outro estará a Juventus, do decisivo argentino Tévez e dos veteranos Pirlo e Buffon. Na semifinal, os italianos desclassificaram o poderoso Real Madrid de Cristiano Ronaldo, que defendia o título europeu. Agora, querem derrubar novamente o favoritismo de outro clube espanhol.

Neymar tem a chance de conquistar pela primeira vez uma taça que nem o brasileiro Ronaldo levou na carreira, apesar de ter jogado por quatro grandes clubes europeus, como o próprio Barcelona.

A performance do jogador na temporada foi inquestionável: titular absoluto e um dos astros na equipe catalã, respeitado, autor de 38 gols (nove deles na Liga dos Campeões), campeão tanto da liga espanhola como da Copa do Rei –com direito a polêmica carretilha na vitória de 3 a 1 sobre o Athletic Bilbao.

Questionado em Berlim por um jornalista espanhol sobre como seria marcar um gol na final, Neymar respondeu: "Tenho sonhado muito com esse momento".

Maior astro do Barcelona, o argentino Messi pode se transformar no primeiro jogador a fazer gol em três finais de uma Liga dos Campeões (marcou o dele nas decisões de 2009 e de 2011).

O Barcelona chega à sua quarta decisão em nove anos depois de desclassificar o Bayern, de seu ex-treinador Pep Guardiola, na semifinal.

Leva um óbvio favoritismo sobre a equipe italiana, sobretudo por causa de sua força ofensiva: são, por exemplo, 28 gols contra 16 do adversário na competição.

Detentora de dois títulos europeus, a Juventus retorna 12 anos depois a uma final do torneio –perdeu a da temporada 2002/2003 para o rival Milan, nos pênaltis.

A Juventus acaba de conquistar seu quarto título consecutivo do campeonato italiana e desbancar uma força como a do Barcelona selaria uma temporada histórica para o time do treinador Massimiliano Allegri. "Não esperávamos chegar até aqui tão cedo, planejávamos em dois, três anos", disse o goleiro Buffon, nesta sexta (5).

Ele reconheceu, porém, a dificuldade em bater o Barcelona. "É justo dizer que um time com Messi, Suárez Neymar e Iniesta é favorito", afirmou o arqueiro de 37 anos, campeão da Copa de 2006.

"Os torcedores da Juventus preferiam outro time na final, Real Madrid ou Manchester City. Eu tenho um filho que é fã do Messi e outro do Neymar, e eles não sabem o que querem nesse jogo", brincou o jogador italiano, que estava na final de 2003.

Editoria de Arte/Folhapress
Supertrunfo Liga dos campeões
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